Artesã produz mandalas com fibras e sementes da Floresta Amazônica

Foto: Matheus Castro/G1

As fibras da bacaba, uma palmeira nativa da Amazônia, são transformadas em obras de arte na mão da artesã Neide Garrido. Ela é moradora da Comunidade do Tumbira e há 17 anos se dedica à prática do artesanato sustentável, um dos grandes pilares econômicos do local.


Dona Neide, como é conhecida na região, é irmã dos também artesãos Manoel Garrido, que transforma restos de madeira em obras de arte, e Izolena Garrido, a professora que descobriu mais de 150 tons da floresta Amazônica. Mas, diferente deles, ela se dedica ao artesanato voltado para reaproveitar fibras e sementes e transformando-as em mandalas.

Foto: Matheus Castro/G1

A partir disso, Neide e a família começaram a produzir as peças. Logo, elas ganharam fama na comunidade e fora dela. Ao G1, a artesã contou que já enviou peças para a Alemanha e para os Estados Unidos. A fama chamou a atenção da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que a incluiu em um projeto para comercializar as peças produzidas.

“Foi crescendo a demanda e logo as pessoas vinham e queriam comprar, queriam levar algo. E isso foi nos impulsionando a inovar, a crescer vez mais?”, disse.

Foto: Matheus Castro/G1

O crescimento dos negócios também ajudou Neide a impulsionar outros artesãos e comunidades do entorno do Tumbira. Isso porque, segundo ela, foi preciso fazer todo um trabalho de campo para encontrar as sementes que dão o tom especial às peças.

“Nem sempre temos as sementes aqui. Aí precisamos ligar, ir atrás de outros produtores, de pessoas de outras comunidades que nos ajudam e isso vai crescendo, vai impulsionando. É um trabalho de muitas mãos”.

Superação na pandemia

No entanto, a pandemia veio e afetou o ciclo econômico gerado pela produção do artesanato. Sem ter para quem vender os produtos, Neide precisou suspender as encomendas de matéria-prima. Mas, para enfrentar o distanciamento social e o tempo reclusa em casa, ela aproveitou para criar novas peças com o estoque que já tinha em mãos.

Foto: Matheus Castro/G1

Com a melhora das coisas no estado, a artesã espera retomar o ritmo da produção. Mas, mantendo sempre a floresta em pé, o que torna o trabalho dela totalmente sustentável.

“O nosso trabalho não danifica a floresta. A gente mantém ela em pé e muito bem. É algo que a gente reaproveita o que ela nos oferece e isso que torna o nosso trabalho especial”, finalizou.

G1/Amazonas

Artigo anteriorBahia e Flamengo se enfrentam neste domingo (18), em Salvador
Próximo artigoMaternidade Nazira Daou tem serviços suspensos para manutenção de rede elétrica

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui