
Coincidência ou não, na semana em que 434 presos foram soltos através do chamado Mutirão carcerário e em que líderes da facção Família do Norte (FDN) deram ultimato dizendo que matariam policiais caso as autoridades levassem a paz ao presídios, dois crimes foram praticados em Manaus chamando a atenção por terem sido praticado contra autoridades do Ministério Público (MPE) e do Poder Judiciário.
Na sexta-feira (2) à tarde, o promotor de Justiça Paulo Cardoso de Carvalho, 66 anos, foi assassinado em frente de casa no conjunto Beija-Flor, Zona Centro-Sul, e um juiz teve seu carro roubado, próximo ao Teatro Amazonas, no Centro, na noite do mesmo dia.
Os primeiros a se manifestarem sobre as ocorrências foram os policiais que nas redes sociais fizeram a ligação dos dois crimes e a outros que foram praticados mas que não tiveram tanta repercussão, como roubo de carros, assaltos, e até homicídios, a libertação de 434 presos ocorrido no chamado Mutirão Carcerário.
Muitos internautas aproveitaram a situação para fazer críticas ao Ministério Público e ao Poder Judiciário e culparem estes poderes pelo aumento da violência nas ruas. Os comentários mais frequentes é de que juízes e promotores foram os responsáveis em colocar essa bandidagem toda nas ruas, agora eles próprios estão tendo que sofrer as consequências.
E o tão esperado “salve geral” prometido pelos líderes da FDN para o dia 20 de janeiro até agora não ocorreu. No ultimato, a facção disse que se o governo não levasse paz aos presídios, policiais seriam assassinatos e ataques seriam feitos até às autoridades. Os policiais disseram que estão alerta e que se o tal “salve geral” realmente ocorrer, eles vão reagir e matar, também, os autores dos ataques.