Australianos desenvolvem vestido feito a partir da cerveja fermentada

Vestido feito pelo cientista australiano Gary Cass e a designer de moda Donna Franklin.
Vestido feito pelo cientista australiano Gary Cass e a designer de moda Donna Franklin.
Vestido feito pelo cientista australiano Gary Cass e a designer de moda Donna Franklin.

Pode até ser que o modelito do vestido que você acabou de ver na imagem que abre esta matéria não seja muito o seu estilo. No entanto, o material com o qual a peça foi desenvolvida certamente é, no mínimo, inusitado. De acordo com Saffron Alexander do portal The Telegraph, a roupa foi criada a partir de cerveja fermentada e bactérias, e será “desfilada” durante a World Expo 2015, que ocorrerá em Milão.Segundo Saffron, o vestido foi criado a partir de uma parceria entre o cientista australiano Gary Cass e a designer de moda Donna Franklin. Evidentemente, Donna ficou responsável por criar o modelo e, para desenvolver o tecido, Cass adicionou acetobactérias à cerveja fermentada.
“Nanollose”
Conforme explicou, as acetobactérias pertencem a um grupo de microrganismos que não são infecciosos ou nocivos aos seres humanos. Entretanto, essas bactérias devem gostar bastante de cerveja, pois, depois de serem adicionadas à mistura, elas “bebem” o líquido e convertem a bebida em uma fibra sólida semelhante ao algodão que Cass batizou de “Nanollose”.


 

 

O cientista também explicou que o material não apresenta o característico cheiro de cerveja, e é tão maleável quanto qualquer outro tecido. Já o desenho do vestido foi inspirado na própria bebida e, segundo Donna, sua criadora, as flores representam as brácteas das flores de lúpulo, enquanto que as continhas bordadas no corpete representam as “borbulhas” da cerveja.
Possibilidades

De acordo com Michelle Wheeler do site Science Network, Cass espera que a produção do vestido possa mudar a forma como os materiais têxteis são fabricados e usados atualmente, já que seu tecido se apresenta como uma alternativa mais sustentável do que as opções convencionais.
Além disso, o cientista revelou que a tecnologia também poderia ser utilizada na medicina. Segundo disse, além de o produto ser inerte no organismo, alguns estudos apontaram que determinados tipos de células tronco são capazes de aderir ao material. Portanto, pequenos pedacinhos poderiam ser empregados para a produção de tecidos orgânicos, e Cass está em busca de novos parceiros para poder desenvolver a tecnologia ainda mais.
(Mega Curioso)

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