Brasil, irresistível, bate EUA e vai à final do Grande Prix de Vôlei

Impossíveis, meninas do Brasil chegam às finais do GP de Vôlei/Foto: FIV

Brasil entrou em quadra pressionado na manhã de hoje, domingo contra os Estados Unidos e, com os resultados da madrugada, seria obrigado a vencer o forte time dos Estados Unidos, na última rodada da fase de classificação do Grand Prix para evitar uma eliminação precoce.


Mas diante de um ginásio lotado em Cuiabá, a renovada seleção do técnico José Roberto Guimarães mostrou maturidade, dominou as americanas nos dois primeiros sets, segurou a reação rival e, no embalo das veteranas Adenízia, Natália e Tandara, conquistou a terceira vitória seguida na etapa: 3 sets a 1, parciais de 25/20, 25/13 e 18/25 e 25/18. Com o resultado, as brasileiras garantiram vaga na Fase Final e seguem em busca do 12º título da competição.

Impossíveis, meninas do Brasil chegam às finais do GP de Vôlei/Foto: FIV

Classificado, o Brasil se prepara agora para mais uma longa viagem, rumo à China. As Finais estão marcadas para entre os dias 2 e 6 de agosto, na cidade de Nanjing. Além das brasileiras e das anfitriãs chinesas, também estão classificadas as seleções da Sérvia, dos Estados Unidos, e da Itália. A Holanda pode ficar com a última vaga se vencer a Bélgica também em Cuiabá, ainda hoje, domingo.

O jogo

Precisando vencer a qualquer custo, o Brasil começou em ritmo acelerado, com ace de Roberta e dois pontos seguidos de Adenízia para fazer 3/1. Mas o time americano também não demorou a entrar no jogo. No embalo de Madison Kingdon equilibraram em viraram o placar (5/6). Ainda assim, as brasileiras voltaram a virar bolas de segurança com Natália e Rosamaria, e foi para a primeira parada técnica na frente (8/7).

Com o bloqueio e a defesa tocando em praticamente todos os ataques americanos, o Brasil cresceu no jogo e contou com as pancadas de Tandara para abrir três: 11/9. As jogadas rápidas pelo meio das americanas não deixaram o brasil deslanchar no placar (16/14). Até então discreto, o bloqueio brasileiro começou a aparecer quando Amanda foi para o saque e quebrou o passe dos EUA, ajudando as donas da casa a abrir 18/14. Com o paredão quente, o Brasil continuou se distanciando (22/16) e, mesmo com as americanas esboçando uma pequena reação, fechou em 25/20 com mais um ataque potente de Tandara pelo meio.

Bastante determinado, o time brasileiro voltou para o segundo set encarando a marcação americana. Tandara e Rosamaria exploraram o bloqueio rival e ajudaram o time da casa a abrir 5/2. Quando a parede americana começou a funcionar nas pontas, Roberta começou a procurar Natália e Adenízia nas jogadas pelo meio e, na habilidade, as veteranas mantiveram o Brasil confortável (12/5). Sem perder o foco, a seleção brasileira não deixou mais as americanas encostarem. Roberta variou bem as bolas e Adenízia, com dois pontos seguidos, colocou números finais na parcial: 25/13.

O Brasil perdeu o ritmo no terceiro set. O bom saque de Kelly Murphy complicou a recepção das donas da casa e os Estados Unidos abriram 7/2 rapidamente. Uma bola de segunda de Roberta devolveu o moral para o time brasileiro, mas as americanas continuaram melhor. Zé Roberto tentou mexer, primeiro invertendo com as entradas de Macrís e Monique. Depois, colocando Drussyla e a líbero Gabi em quadra, mas as americanas continuaram abrindo: 19/10. O time só começou a reagir quando a veterana Adenízia cresceu no meio de rede, marcou três pontos, cortou a diferença para seis (21/15) e levantou a galera. O esforço brasileiro não foi suficiente e as americanas fecharam em 25/18.

Os Estados Unidos continuou bem na volta para o quarto set. Segunda melhor atacante do torneio, Murphy seguiu dando trabalho para a defesa brasileira e as visitantes abriram 4/1. Mais uma vez, Adenízia apareceu para ascender o time. Correspondendo nas bolas rápidas pelo meio, gigante nos bloqueios e até fazendo ponto de saque, a vibrante veterana comandou a reação do Brasil, que virou o placar para 11/7. De volta aos trilhos, a seleção brasileira cresceu, o saque voltou a entrar com confiança e bloqueio cresceu para ampliar para 17/11. Daí para a frente, foi apenas controlar a diferença para fazer 25/18 em mais uma pancada de Tandara.

Entenda o Grand Prix

As 12 principais seleções do mundo disputam a primeira fase em três semanas. A cada etapa, são formados três grupos, com quatro equipes cada. Os times fazem nove jogos ao total na fase de classificação. Ao fim, as cinco melhores seleções seguem para a Fase Final, que contará ainda com a China, o país sede, e está marcada para ocorrer entre os dias 2 e 6 de agosto, em Nanjing.

Classificação do Grand Prix

1º Sérvia 7 2 22
2º Estados Unidos 6 3 19
3º Brasil 6 3 18
4º Itália 6 3 16
5º Japão 6 3 13
6º Holanda 5 3 15
7º China 5 4 13
8º Rep. Dominicana 4 5 11
9º Rússia 3 6 13
10º Tailândia 3 6 11
11º Turquia 2 7 7
12º Bélgica 0 8 1
Fonte: Fivb

*Vitória por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 valem três pontos
*Em caso de 3 sets a 2, o time vencedor leva dois pontos e o perdedor um ponto

O caminho do Brasil

1ª semana – Ancara (Turquia)
07.07 – Brasil 3 x 0 Bélgica (25/22, 25/23 e 25/18)
08.07 – Brasil 0 x 3 Sérvia (19/25, 20/25 e 19/25)
09.07 – Brasil 3 x 2 Turquia (24/26, 25/17, 25/18, 22/25 e 15/13)

2ª semana – Sendai (Japão)
14.07 – Brasil 3 x 0 Sérvia (26/24, 25/17 e 25/22)
15.07 – Brasil 0 x 3 Tailândia (22/25, 21/25 e 25/27)
16.07 – Brasil 2 x 3 Japão (22/25, 24/26, 25/19, 25/20 e 15/17)

3ª semana – Cuiabá (Brasil)
20.07 – Brasil 3 x 0 Bélgica (28/26, 25/19 e 25/20)
21.07 – Brasil 3 x 1 Holanda (25/17, 25/14, 18/25 e 25/19)
23.07 – Brasil 3 x 1 Estados Unidos (25/20, 25/13 e 18/25 e 25/18)
(G1)

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