Mato Grosso foi responsável por 263 quilômetros quadrados de desmatamento de florestas localizadas na Amazônia Legal, no último ano. Apesar da queda nos índices entre 2012 e 2014, o Estado continua como o maior destruidor da região amazônica, culpado por 31% da destruição. Somente no mês de maio, 105km² de florestas foram desmatadas em território mato-grossense.
De acordo com o Boletim do Desmatamento (SAD), elaborado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), entre maio de 2013 e maio de 2014, Mato Grosso foi responsável por 31% do desmatamento da Amazônia Legal. Em segundo lugar ficou o Pará com 179 km² de desmatamento. Rondônia foi responsável por 139 km² e Amazonas por 136 km².
Apesar dos altos índices, o desmatamento caiu em toda a região Amazônica desde 2012. Entre 2012 e 2013 o Imazon havia registrado 1.654 km² de desmatamento. Já entre 2013 e 2014 a área caiu para 846 km², uma redução de 51%. No período, Mato Grosso teve uma queda de 51%. O Estado havia desmatado 532 km² entre os anos de 2012 e 2013.
O Pará foi o estado que registrou a maior redução, 73%. Rondônia, Amazonas e Tocantins também tiveram queda de 38%, 20% e 6% respectivamente. Somente o Acre e Roraima elevaram seus índices de desmatamento.
Em 2014, o desmatamento voltou a crescer. Segundo o Imazon, 185 km² de desmatamento foram verificados pelos satélites somente no mês de maio. Mato Grosso foi responsável pelo desmate de 56%, com uma cobertura de nuvens de 38% do território. O dado revela um aumento de 119% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 84 km² haviam sido registrados com uma cobertura de nuvens de 46%.
Pará foi responsável por 21%, Rondônia por 10%, Amazonas 8%, Roraima 8% e Acre (1%).
Em maio de 2014, a grande maioria (71%) desmatamento foi registrado em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. Aproximadamente 19% foram contabilizados em Unidades de Conservação, 9% em assentamentos e 1% em área indígena.
Segundo o estudo, no mês de maio o município que mais desmatou foi Marcelândia (689 km de Cuiabá). A cidade destruiu 20,6 km² de florestas. Em segundo lugar veio Altamira, no estado do Pará, com 18,9 km² e Juara (641 km de Cuiabá) com 11,7 km².
DEGRADAÇÃO FLORESTAL – De acordo com o Imazon, em maio de 2014 foram registrados 159 km² de florestas degradadas na Amazônia Legal. Mato Grosso novamente teve um destaque negativo, sendo responsável por 94% da degradação na Amazônia. Pará degradou 5% e Rondônia apenas 1%.
A degradação florestal acumulada de agosto de 2013 a maio de 2014 atingiu 566 km². Isso representa uma redução de 56% em relação ao período anterior que havia somado 1.293 km² de degradação florestal.
(Diário de Cuiabá)