Meus amigos, hoje quero compartilhar com todos os senhores, senhoras, adolescentes, crianças, comunidades, os meus mais sinceros sentimentos daquilo que mais amo em minha vida: o clamor popular, o sorriso das pessoas humildes, o afago daqueles que se sentiram gratos por uma vontade satisfeita e pelos que de alguma forma me exigiram a presença física na solução das suas necessidades.
No silêncio do meu auto-isolamento momentâneo, sei que involuntariamente me afastei das interações e atividades sociais, mas, também sei que por natureza sou um ser social que necessito de constante contato com nossos conterrâneos, uma vontade que julgo necessária, inclusive, para a minha saúde física, opiniões, contribuições e humor.
A verdade é que eu vivo do calor, do suor, do sorriso, do aperto de mão, do aceno de mão, da frase: “e aí, Melo, conte comigo”. Ou, “professor Melo” que bom que o senhor veio.
Ouço nas ruas todos os dias, os dizeres: que bom que o senhor está de volta, saudável, amigável. É o amor da Terra onde nasci se manifestando, chamando para dar continuidade às minhas obrigações por ela.
Esses difíceis anos que passei recluso, me senti, em termos comparativos, como se fosse um tanque seco. Era um tanque d’água, mas seco! Faltava preencher com o carinho das pessoas. Mas sinto que esse momento chegou, é hora de mostrar o que não me foi dado oportunidade de fazer.
O poder do povo
Como cita a célebre frase escrita na Carta Magna: ‘todo o poder emana do povo’, no que se refere à escolha dos nossos representantes. Nas artes, sabemos que ‘sem plateia não há artistas’. Sem aplausos, a nossa história se mostra sem graça. Na verdade, o carinho do povo é que perfuma a minha vida. Sinto saudades disso! Aqui estou para isso.
O que me sustentou – Deus, a Helena, minha família e alguns amigos! Mas, certo de que tantos outros estiveram a aguardar o momento da retomada.
Deus seja Louvado!
Professor José Melo
