Carta dos Economistas, uma lição de intolerância e parcialidade política – por Osíris Silva 

Escritor e economista Osíris Silva/Foto: Divulgação

O documento do Cofecon – Conselho Federal dos Economistas, publicado neste final de semana junto à grande imprensa, em primeiro lugar, como salienta o presidente do Corecon-Am, Martinho Azevedo, “não representa nossa classe, porque baseado em simples relatos de imprensa, não em análises conjunturais de profundidade e isenção política”.


Ressalto, em primeiro lugar, que, nem de longe, tento, aqui, defender o governo Federal, muito menos o presidente Bolsonaro, mas, como cidadão e profissional da área, contribuir para o estabelecimento da verdade. A “carta”, com efeito, por sua origem, fugiu ao conteúdo técnico que devia ostentar. Atém-se apenas aos aspectos negativos da ação governamental, especialmente em relação a trocas de ministros da Saúde.  Não reconhece o imenso esforço do Ministério da Economia em relação ao auxílio emergencial e ao novo bolsa família, programas de extrema eficácia para a parcela da população menos favorecida, os considerados invisíveis. Como também aos micro e pequenos empresários e à correta gestão das contas públicas.

Sequer menciona os esforços da Fiocruz e do Instituto Butantã no que diz respeito à produção de vacinas, que resultarão na entrega ao SUS de 300 milhões de doses até o final deste ano. Também finge ignorar as dificuldades, para qualquer país, quanto ao fechamento de contratos com fornecedores face ao fortíssimo desequilíbrio mercadológico que ora se registra entre oferta e demanda de imunizantes. Quadro que estará superado até o final de 2021, quando a indústria farmacêutica mundial deverá entregar às autoridades de saúde pública 10,6 bilhões de doses, ante uma população mundial de 7 bilhões de almas.

A carta dos economistas, razão de sua ampla e inequívoca parcialidade analítica, é de exclusiva autoria e iniciativa do Cofecon. Os conselhos regionais, como de praxe, não foram, como não são consultados sobre seu teor, prática rotineira em outras situações pelo grupo dirigente do Conselho Federal. Por fim, o documento reflete “ipsis literis” o pensamento do PT e dos partidos comunistas aliados, adeptos ao quanto pior melhor, em larga escala predominante no âmago da diretoria e departamentos técnicos do Cofecon.

O Conselho Federal de Economia, vale salientar, como a Une, o Fórum de São Paulo e o grosso da representação sindical, segue estritamente diretrizes instrumentalizadas pela cúpula petista, à frente o ex-ministro José Dirceu. Por conseguinte, não representa a maioria da população brasileira, aqui me juntando ao Corecon-Am, nem de nossa classe profissional.

Osíris M. Araújo da Silva, Ex-membro do Corecon-Am

Manaus, 23 de março de 2021.

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