O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP – partido de Arthur Lira -, avalia que a condução da política externa nas mãos do chanceler Ernesto Araújo compromete a imagem do país no exterior.
Em entrevista ao Valor Econômico, Nogueira diz que o comando das Releções Exteriores deveria ser modificado.
“Estou falando como senador, não como governo. Eu acho que deveria ser modificado. Não tenho nem dúvida. Se isso acontecer [mudança no Itamaraty], a Bolsa sobe 30%”, afirmou o senador.
“Quem muda ministro é o presidente, quem sou eu pra dizer que tem que mudar isso ou aquilo. Mas a condução tem que mudar, a condução do Itamaraty hoje prejudica o país. Ou o ministro muda, ou muda a condução. Mas é opinião minha, jamais vou chegar para o presidente e lhe dizer que tem que mudar ministro”, acrescentou.
Na entrevista, o parlamentar disse ainda que o impeachment do presidente Jair Bolsonaro não foi discutido seriamente no Congresso.
“Essa ameaça nunca aconteceu aqui. Nunca foi levada com seriedade. Quem faz o impeachment não é o presidente da Câmara. Se tiver caos social, milhões de pessoas nas ruas, têm que ter impeachment, está certo. É o caso da Dilma. E também tem que ter a questão da popularidade. Um presidente com 30% ou 40% de popularidade não vai ter [impeachment] nunca”, aponta.
“Menos de 10% de popularidade, que foi o caso da Dilma. Aí estará o caos. O que vai provocar o impeachment é o sentimento da população, que é o grande vetor”.