Cerca de 50 ararinhas-azuis voltam à Caatinga, na próxima terça (03)

Foto: Reprodução/ICMBio
Cerca cinquenta ararinhas-azuis vindas da Alemanha desembarcarão no Aeroporto de Petrolina / Senador Nilo Coelho (PE), na terça-feira (03/03), e seguirão para a cidade de Curaçá (BA), onde um centro de reprodução foi construído para que as aves sejam soltas na natureza.
A data foi escolhida por ser o Dia Internacional da Vida Selvagem, cujo objetivo é celebrar a fauna e a flora do planeta, assim como alertar para os perigos do tráfico de espécies animais selvagens no mundo. Elas foram consideradas extintas na natureza desde o ano 2000, devido às ações de caçadores e traficantes de animais.
Governo Federal criou, em junho de 2018, duas unidades de conservação: o Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul (com 29,2 mil hectares) e a Área de Proteção Ambiental da Ararinha-Azul (com 90,6 mil hectares), destinadas à reintrodução e proteção da espécie, e conservação do bioma da caatinga.
A construção do Centro e o projeto de reintrodução são custeados pela ONG ACTP. A primeira soltura está prevista para 2021. Ao longo deste período os animais passarão por processo de adaptação e treinamento para viverem em vida livre. Além disto, serão realizados testes de soltura com um papagaio conhecido como Maracanã.
Descoberta no início do século 19 pelo naturalista alemão Johann Baptist von Spix, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), espécie exclusiva da Caatinga brasileira, teve sua população dizimada. A última ararinha conhecida na natureza desapareceu em outubro de 2000. Desde então, os poucos exemplares que restaram em coleções particulares vêm sendo usados para reproduzir a espécie em cativeiro, quase todos no exterior. A ararinha é considerada uma das espécies de aves mais ameaçadas do mundo.
Com informações ICMBio
Por Renata Saraiva

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