Com reservatório seco, cidade do Acre tem água apenas para mais 4 dias

Açude em que fica bomba flutuante está com nível baixo /Foto: Divulgação/Depasa
Açude em que fica bomba flutuante está com nível baixo /Foto: Divulgação/Depasa
Açude em que fica bomba flutuante está com nível baixo /Foto: Divulgação/Depasa

Os mais de 14 mil habitantes de Acrelândia, município a 105 quilômetros de Rio Branco, atravessam uma grave crise hídrica devido à seca do reservatório que abastece a cidade. O diretor-presidente do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Edvaldo Magalhães, disse nesta quarta-feira (7), que as medições apontam que o reservatório de água deve manter o abastecimento apenas por mais quatro dias.


O depósito de água possui 2,8 metros de profundidade, mas, nesta quarta, no ponto mais profundo, marcou 75 centímetros, em outros locais chegou a 25 cm. Magalhães explica que a captação de água em Acrelândia é feita em um açude abastecido por três pequenos córregos, mas dois teriam secado e, em apenas quatro dias, o volume de água baixou mais de um metro.

“Acredito que tudo isso é uma coisa da natureza mesmo, porque é inexplicável o que aconteceu. Temos dificuldade até de fazer medições e projetar como deve ficar a situação, pois foi tudo muito rápido. A região é muito seca, não tem rio nem igarapés nas proximidades. Acredito que secou tanto que não havia nada para alimentar e o nível caiu bruscamente”, disse.

Racionamento
Na última terça-feira (6), o órgão aumentou os dias de racionamento e os moradores recebem água apenas a cada dois dias. Um dos motivos da queda brusca no nível do reservatório, segundo o diretor, seria a ampliação da rede de abastecimento. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o município possui uma população estimada de14,1 mil pessoas.

O município é banhado pelo Rio Abunã, mas, segundo o diretor, o Depasa fica inviabilizado de usar o manancial porque ele fica a 17 km da cidade.

“Outro motivo foi a construção de uma adutora do Centro da cidade até a Vila Redenção. Mesmo assim, a dificuldade de bombear água para vila também é grande. Pedimos que as pessoas não desperdicem. Por enquanto, o abastecimento está tranquilo, mas se o racionamento aumentar pode causar problemas aos moradores”, lamenta.

Medidas
Para evitar o desabastecimento total, o Depasa programa três medidas, entre elas aumentar o racionamento para três dias.

Outra iniciativa é usar bombas mergulhão para bombear a água de um reservatório menor, que fica próximo a bomba de captação flutuante. Isso, segundo Magalhães, deve garantir mais quatro dias de abastecimento.

Em um vídeo gravado pela equipe do Depasa, é possível ver o contraste entre o açude que está seco e o que ainda possui água.

O diretor do Depasa relata que conversaram com um piscicultor da região, que possui quatro tanques acima do reservatório, e devem buscar, na quinta-feira (8), uma maneira de transferir essa água para o açude que está seco.

“Vamos até o local buscar uma maneira de captar essa água por gravidade, pois fica acima do nosso reservatório. Não podemos deslocar a bomba de captação, pois é um flutuante, teríamos que fazer uma adutora. Vamos, por gravidade, jogar a água dentro do nosso açude. Fazendo uma conta conservadora, com essas medidas, teremos ao menos 20 dias de água”, finaliza. (G1)

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