
A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), acompanhará este ano a política de prevenção e controle do desmatamento na Amazônia, por força de requerimento, nesse sentido, do senador Otto Alencar (PSD-BA), aprovado, omtem, terça-feira (05).
Apesar da importância do bioma por sua biodiversidade, pelo volume de água doce que abriga, por seu potencial energético e papel como regulador climático, afirma o senador, o governo federal enfrenta dificuldades para conter o desmatamento ilegal na Amazônia.
— Se os resultados de uma política pública não correspondem às expectativas, um processo de avaliação necessita ser feito. Um minucioso processo de reflexão necessita ser empreendido, para que os rumos sejam retificados, as distorções possam ser corrigidas e os resultados, alcançados ou redimensionados — observou, ao justificar o acompanhamento da política como prioridade da comissão.
O senador Paulo Rocha (PT-PA) concorda que o desmatamento ilegal é um grave problema a ser enfrentado, mas pede também que se dê atenção às necessidades da população local.
— Temos de ver a Amazônia no sentido de também dar dignidade e cidadania aos 20 milhões de brasileiros que lá vivem. Sempre se pensou a Amazônia a partir dos grandes projetos agropecuários, madeireiros e de mineração. Mas o pequeno não tem espaço e tem de brigar com o grande. Não é à toa que a Ilha do Marajó tem o menor IDH do Brasil, porque campeia a miséria lá — afirmou.