Comissão Europeia estuda proposta para combater imigração ilegal

Comissário Dimitris Avramopoulos/Foto: AP
Comissário Dimitris Avramopoulos/Foto: AP
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A Comissão Europeia pretende apresentar, em maio, uma proposta para reduzir o grande fluxo de imigrantes que tentam entrar na Europa pelo Mar Mediterrâneo e por outras rotas ilegais. Só no ano passado, mais de 270 mil pessoas ingressaram ilegalmente em países europeus, vindas da Síria, do Paquistão, da Líbia, da Tunísia e de vários países da África Subsaariana. Cerca de 3,5 mil morreram tentando completar o trajeto.
Na última reunião do Conselho de Assuntos Internos da União Europeia, na sexta-feira, em Bruxelas, o comissário para Assuntos Internos da União Europeia, Dimitris Avramopoulos, voltou a ressaltar a urgência da questão. Ele lembrou a tragédia ocorrida no dia 4 deste mês, quando dez pessoas morreram e quase mil foram resgatadas depois que uma embarcação virou ao tentar atravessar o Mediterrâneo. “Os eventos recentes provam quão urgentes e difíceis são os desafios relacionados à imigração para a União Europeia”, disse ele.


Avramopoulos defendeu a criação de centros de atendimento do outro lado do Mediterrâneo, em países-chave como Níger, Egito, Turquia e Líbano, com o objetivo de processar pedidos de asilo e refúgio antes que os imigrantes alcancem a Europa. Ele acrescentou que medidas para combater o tráfico de pessoas, ampliar as operações de resgate e assistência humanitária e redistribuir o fluxo migratório entre os países europeus serão propostas.

A Itália, que recebeu mais de 60% de todos os imigrantes que ingressaram na Europa no ano passado, está na linha de frente dos que defendem uma política comum aos 28 países-membros da União Europeia. A França e a Alemanha também são favoráveis. A Dinamarca, que tem uma legislação restrita sobre imigração, reprova a proposta. A ministra da Justiça, Mette Frederiksen, disse hoje (13), em entrevista à imprensa, que a Dinamarca não tem intenção de absorver parte do fluxo migratório europeu e “quer dar sequência às suas próprias políticas de asilo e refúgio”.

No ano passado, o país nórdico aceitou 14.815 pedidos de refúgio – cinco vezes menos do que os 80 mil processados pela Suécia.(Agência Brasil)

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