Como refletir conscientemente (Por Max Diniz Cruzeiro)

Neurocientista Max Diniz Cruzeiro(DF)
Max Diniz Cruzeiro
Max Diniz Cruzeiro

Para uma pessoa ser reflexiva de seus atos é necessário que ela passe a orientar os estímulos que ela é capaz de canalizar de forma a mitigar seu gerenciamento do controle e desenvolvimento progressivo de sua influência sobre si mesmo.
Ao contrário do que se possa pensar sobre o efeito consciente de que os seres humanos utilizam como uma métrica para designar atos bem quistos pela sociedade ou com a intenção de exercê-los sob o domínio da vontade, a consciência não tem nada haver com este aspecto, o que na realidade ser consciente é exercer os estímulos que se projetam pelo corpo quando eles ativam partes do organismo biológico em que se cria um vínculo direto com o cérebro, que é a região central onde é responsável pelo gerenciamento da tomada de decisão que um indivíduo possui a discricionariedade em exercer.


A reflexão do pensamento por outro lado é uma forma inteligente em que indivíduos alocam um pouco mais de recursos neurais para ajustar as tendências sensoriais que capta ao exercer sua faculdade de consciência.

Para chegar ao nível de reflexão do pensamento é necessário treino. Primeiramente o indivíduo deve condicionar a sua habilidade de observar as variações de estímulos que tem a propensão para captar do ambiente.

Em segundo lugar, uma vez que se compreendem os efeitos que as conexões que se formam dentro do indivíduo em sua porção primária, este indivíduo deve passar a regrar o seu comportamento repetindo as mesmas estruturas cognitivas cuja apreensão do conhecimento foi capaz de observar em ação.

Esta necessidade metodológica de repetir a ação servirá para dizer a estrutura de comando cerebral que o movimento ou comunicação exercida é passível de ser assimilada e orientada a repetição.

Quando o praticante atingir o estágio de expertise na repetição da experimentação física, ele está preparado para simular o momento, ação ou comunicação sem que de fato o faça fisicamente.

Esta abstração mental irá ativar o subconsciente do indivíduo em seu eixo abstrato, motivando o intelecto a despertar o interesse pela experimentação assistida.

O intelecto por sua vez, orientado pelo centro volitivo do ser humano passará a abastecer de outras informações assessórias paralelas ao movimento voluntário real, na simulação de abstrações condicionadas a uma realidade hipotética.

Esta realidade hipotética assistida que se cria dentro do intelecto com o intuito de gerenciar a informação que se chega através de estímulos ambientais gera o contexto necessário para que a vontade possa ser canalizada para dentro de sua estrutura dinâmica e virtual, de forma que o indivíduo ao observar que a projeção do estímulo que foi canalizado para dentro de sua estrutura cognitiva é capaz de afetar o seu equilíbrio dinâmico cerebral, seja por processos racionais ou intuitivos-emocionais, desencadeia uma carga energética expressiva capaz de interromper o eixo de funcionamento da canalização consciente que se está executando no momento.

O pressuposto mais nobre deste processo é a capacidade de reorientação espacial do indivíduo que passa a catalogar outros conjuntos de informações e assim fazendo sua habilidade em se auto tutelar para melhor conduzir sua vontade condicionará a um processo reflexivo de suas ações na forma de interrupções e redirecionamentos dinâmicos auxiliares ao momento, ação, comunicação e outras formas de intercâmbio com o habitat.

Agora existem níveis diferentes de Reflexão do pensamento, em que o sonho de cada indivíduo é conquistar a referida Reflexão do pensamento interligada e/ou intercambiando às conexões que unem um contexto moral, ético, justo, benéfico e que seja capaz de se orientar espacialmente a não convergir em conflitos com outros seres, indivíduos ou levar a degradação da natureza.

A Esta Reflexão do pensamento Consciente ainda não existe uma denominação que a conceitue como expressão que indique um comportamento em que se procura exercer por meio da austeridade.

Por outro lado a prática da Reflexão depreende muito mais energia do que simplesmente viver de forma a catalogar superficialmente as informações que se podem extrair do ambiente. Requer uma habilidade muito mais específica em não deixar virar uma rotina mecânica o ato de referenciamento e controle de si mesmo frente às necessidades ambientais.

Ela possui uma natureza efêmera e nunca dois indivíduos humanos irão condicionar a sua psique a respeitar os limites que se impõe de uma mesma forma peculiar, mesmo que a fabricação do ato de refletir seja desenvolvida através de um mesmo princípio de observação e didática assistida.

A reflexão do pensamento é essencial para a conquista da discricionariedade da vida. Da conduta preterida frente às opções mecânicas que o contato ambiental proporciona. É a forma mais sensata para existir vivendo-se em sociedade.(Max Diniz Cruzeiro – Neurocientista Clínico e Psicopedagogo Clínico e Empresarial)

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