
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é a primeira entidade confirmada a atuar como observadora das Eleições Gerais de 2022. O convite foi feito e aceito durante reunião virtual entre o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, e o presidente da Comissão Nacional Eleitoral de Angola e da Rede Eleitoral da CPLP, Manuel Pereira da Silva.
Esta é a primeira vez que a entidade participará do pleito no Brasil na condição de observadora. Durante o encontro, ficou definido que os membros da missão terão acesso aos centros de votação e às instalações da Justiça Eleitoral brasileira, com o objetivo de analisar a transparência e integridade do processo eleitoral e sugerir recomendações, que estarão registradas em relatório.
A CPLP é uma organização internacional formada por nove países que compartilham a língua e a cultura portuguesas: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O objetivo da Comunidade é aprofundar a amizade mútua e a cooperação entre seus membros.
O ministro Edson Fachin ressaltou que a participação de uma Missão Internacional de Observação da CPLP nas Eleições 2022 será muito importante para a Justiça Eleitoral e para a democracia brasileira. Ele assegurou que o TSE garantirá o acesso e as informações essenciais ao pleno e adequado cumprimento das atividades.
Manuel Pereira agradeceu o convite e se comprometeu a convocar, nos próximos dias, uma reunião extraordinária com representantes dos países membros da CPLP para debater as providências necessárias para que a instituição esteja presente como observadora no processo eleitoral brasileiro deste ano.
Tradicionalmente, o TSE recebe observadores e visitantes internacionais para as eleições, de modo a ampliar a transparência do sistema eleitoral e possibilitar atividades de cooperação. Assim, além de contar com a participação de diversas instituições do país, os pleitos brasileiros também são acompanhados por representantes de diversas organizações estrangeiras, que, ao final do processo, produzem relatórios com todas as informações colhidas durante as missões.