Congresso Filippo Smaldone abre novas perspectivas para a educação de surdos

Encerramento Congresso/Foto: Cleomir Santos

O 5º Congresso Nacional dos Institutos Filippo Smaldone, que encerrou na última sexta-feira (04), realizado no auditório da sede Manaus, no conjunto Campos Elíseos, proporcionou um grande momento de reflexão, discussão e a busca de novos caminhos para a educação de surdos, não só do município de Manaus, mas de todo o Brasil.
Durante os três dias do encontro, educadores, especialistas, profissionais e representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed), do Complexo Municipal de Educação Especial André Vidal de Araújo (CMEE) e demais profissionais da área participaram de palestras e debates sobre o lema “Perspectivas atuais na Educação de Surdo”.


A realização do evento, em Manaus, reuniu vários especialistas em educação de surdos de todo o Brasil e de acordo com a psicóloga do Instituto Filippo Smaldone de Manaus, Maria Rosália Gaspar, foi um momento impar para os profissionais da área. “Nós temos uma parceria gratificante com a Secretaria e de grande responsabilidade na educação do surdo. A educação terá um avanço para surdos, pois esses Congressos vêm contribuir para um novo desafio e novos avanços aos profissionais da área que vão desenvolver um trabalho com crianças, adolescentes e jovens de nossa cidade”, contou.

A gestora da Escola Estadual Mayara Redman Abdel Aziz, Maria Estelita Pereira Feitosa, foi a palestrante do tema “A surdez e outras comorbidades”. Graduada em Letras/Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a educadora lembra ser importante que todos aprendam sempre mais sobre essa área.

“Nós falamos de doenças que podem estar associada ao surdo, como diabete, esquizofrenia, entre outros. Também mostramos que os surdos podem adquirir múltipla deficiência, como ser surdo e ter cegueira, que se não for curada ou medicada poderá prejudicar seu processo de aprendizagem”, explicou.

No mesmo patamar

A assessora pedagógica do Complexo Municipal de Educação Especial André Vidal de Araújo, da Semed, Edna Santos, participou dos três dias do congresso. Para ela, os relatos, palestras e debates serão importantes para o aprendizado dos profissionais da rede.

De acordo com ela, o trabalho no município nessa área está sendo realizado no mesmo patamar ou até melhor em relação às outras cidades do país. “Adquirimos mais conhecimentos, trocamos experiências com pessoas de outros Estados. Conversando com outros profissionais, percebi que nós, do município de Manaus, da Semed, não estamos muito aquém ou deixando a desejar. Pelo contrário, estamos além em relação a outras cidades como Fortaleza, Cuiabá e Belém”, comparou.

Conforme Edna Santos, alguns temas já são trabalhados na rede municipal de ensino e outros vão servir como experiência para colocar em prática no município. Ela explicou que o mesmo ensino de língua portuguesa para surdos adotado em Mato Grosso e em São Paulo já é praticado no Complexo André Vidal.

“Pude pegar dicas bem importantes em relação aos textos, porque geralmente é trabalhado o vocabulário solto, que não faz muito sentido. Vamos elaborar nosso programa e colocar em prática com os nossos alunos surdos da rede em língua portuguesa”, afirmou.

Palestra final do Congresso, em Manaus/Foto: Cleomir Santos
                                Palestra final do Congresso, em Manaus/Foto: Cleomir Santos

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