

Em reunião realizada na Assembleia Legislativa do Amazonas hoje, terça-feira (26), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a existência de casos de pedofilia no Amazonas, apresentou documentos recebidos contendo as movimentações bancárias da Prefeitura de Coari; do prefeito afastado Adail Pinheiro; do atual prefeito (e ex-vice-prefeito), Igson Monteiro (PMDB), e do advogado Francisco Balieiro, encaminhados pelo Banco do Brasil e Caixa econômica Federal, e se referem ao período fevereiro de 2011 até maio de 2014.
Informações, também, foram solicitadas pela CPI ao banco Bradesco, mas os documentos encaminhados à Comissão foram devolvidos à instituição bancária, pois não estavam de acordo com o que havia sido pedido pelos parlamentares. O objetivo de solicitar essas movimentações bancárias, segundo o presidente da CPI da Pedofilia, deputado estadual Abdala Fraxe (PTN), é investigar se houve uso do dinheiro público com a rede de pedofilia existente em Coari, além do pagamento do advogado pessoal de Adail Pinheiro com recursos da prefeitura do município.
“O movimento agora é no sentido de a gente se debruçar sobre essa documentação toda, analisar com bastante cuidado para que não passe nada despercebido e a gente perca o fio da meada da investigação. A ideia que temos é tentar fazer ligação com essa rede e com pessoas que ainda não tenham sido acusadas ou denunciadas nas operações anteriores, ou seja, a gente quer ampliar o leque das operações que já foram feitas pela CPI federal”, explicou.
Quanto às informações solicitadas ao banco Bradesco, a instituição se comprometeu a encaminhá-las aos parlamentares na próxima semana. “Com o documento que mandamos para eles, acredito que vão retornar de maneira correta a documentação, da maneira que pedimos. Irão se organizar sob pena de a direção regional do Bradesco ser a primeira a ser indicada ao Ministério Público por colaboração com essa rede de pedofilia”, disse.