O crescimento do modal aéreo no Brasil tem sido um fator essencial para impulsionar o Amazonas durante os períodos de seca. De acordo com o Relatório de Demanda e Oferta da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), o transporte aéreo registrou um aumento de 17,1% em abril de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023, o maior crescimento desde julho de 2022. Esse avanço é motivado pela necessidade de entregas rápidas e seguras de cargas de alto valor agregado, além de possibilitar o atendimento a áreas de difícil acesso, como muitas das cidades no Amazonas.
Com uma geografia singular e uma vasta extensão territorial, o estado do Amazonas enfrenta desafios significativos, especialmente durante os períodos de seca, que afetam diretamente o abastecimento e a logística na região. A redução dos níveis dos rios, fundamentais para a navegação fluvial, dificulta o transporte de cargas, comprometendo o abastecimento de diversas comunidades. Nesse contexto, o modal aéreo tem se mostrado uma solução estratégica fundamental para garantir a continuidade das atividades econômicas e o fornecimento de produtos essenciais.
A expectativa para 2024 é de que a seca no estado seja ainda mais severa do que a registrada no ano anterior, quando o Amazonas passou pela maior estiagem da sua história. Para enfrentar esse cenário, as empresas que atuam na região precisam se adaptar e buscar soluções eficazes. A Jamef, uma das maiores transportadoras do Brasil, tem observado um aumento de 10% na demanda por transporte aéreo no segundo semestre de 2023, período crítico de seca na região, em comparação com o primeiro semestre, quando as chuvas ainda são abundantes.
A Jamef, que atende principalmente o mercado de eletrônicos — o segmento de maior crescimento durante os períodos de seca —, tem investido em uma infraestrutura robusta e em parcerias estratégicas com grandes companhias aéreas. Essas iniciativas garantem que suas operações não sejam interrompidas e que os produtos cheguem ao destino com a mesma segurança e eficiência. Em 2023, a empresa registrou um crescimento de 30% no uso do modal aéreo e projeta uma expansão adicional de 10% até o final deste ano.
O papel das empresas locais em Manaus durante a seca vai além da simples adaptação ao clima. Envolve um compromisso com a sustentabilidade, a inovação e a responsabilidade social. Somente através de um esforço conjunto, com empresas atuando como agentes de mudança, será possível enfrentar os desafios trazidos pelas secas e garantir um futuro mais sustentável para a região amazônica.
