
A deputada estadual Conceição Sampaio (PP), protocolou, hoje (10), junto à Mesa Diretora da Casa Legislativa, requerimento com indicação ao chefe do Poder Executivo, governador Omar Aziz, para que o Estado passe a utilizar o método de microscopia virtual na prevenção do câncer do colo de útero e de doenças pré-cancerosas, em mulheres do interior do Amazonas.
A solução da microscopia virtual, como alternativa de agilizar o tratamento do câncer de colo uterino, é um encaminhamento apontado pelos movimentos de mulheres, durante Audiência Pública sobre a Saúde da Mulher, realizada na Assembleia Legislativa, no dia 18 de novembro, de autoria da deputada Conceição Sampaio, com representantes do Poder Público e da sociedade civil organizada.
O formato foi apresentado pela médica ginecologista e obstetra, Dra. Monica Bandeira de Melo, da Fundação Cecon. Na ocasião a plenária reiterou a necessidade de melhorar a qualidade dos exames e diagnósticos dos preventivos realizados especialmente no interior do Estado, agora apresentado como projeto de indicação ao executivo estadual.
Naquela ocasião, a médica explicou que com a microscopia virtual, as imagens podem ser enviadas para a capital via internet para serem analisadas pelos patologistas. Assim as mulheres teriam um diagnóstico rápido, e o material não precisaria vir para capital para ser analisado.
Conceição Sampaio justifica, em seu projeto de indicação, que atualmente o material colhido no exame preventivo das mulheres do interior do Estado viaja por meio de transporte fluvial e terrestre, até chegar a um laboratório na capital, com 30 a 60 dias para a conclusão do laudo e posterior entrega às pacientes, para então iniciar um tratamento. “Essa demora é prejudicial e perigosa, pois o laudo médico muitas vezes não chega com tempo hábil para tratar e salvar vidas”, frisa a parlamentar.
E destaca ainda que os deslocamentos do interior para a capital serão evitados e o custo do tratamento diminuirá, além da qualidade e confiabilidade dos exames que serão maiores, posto que o material será enviado via internet e satélite, e permitirá ao profissional habilitado analisar a lâmina sob vários ângulos, inclusive 3D. A técnica pode ser usada também para todos os exames laboratoriais (urina, tuberculose, leucemia, entre outros).