Dia Internacional do Hanseniano – Por Raimunda Gil Schaeken

`Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

O dia 29 de janeiro é lembrado como o Dia Internacional do Hanseniano. A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae. Foi descoberta em 1873 por um cientista chamado Hansen, daí a origem do nome desta doença.
Segundo o Ministério da Saúde, no ano de 2014 o Brasil registrou 24.612 novos casos da doença, sendo Mato Grosso o estado campeão da doença, com 9,03 casos por cada 10 mil habitantes. E em seguida, o Maranhão, com 5,29 casos por cada 100 mil habitantes. Pará, Tocantins e Pernambuco também apresentam índices considerados muito altos.


`Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

A hanseníase é uma doença que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz, podendo causar deformidades físicas, possíveis de ser evitadas com o diagnóstico realizado no início da doença e com o tratamento imediato. As pessoas em tratamento podem levar uma vida normal no trabalho, na família e na sociedade.

A hanseníase é transmitida por meio de tosse ou espirro, ou então em um convívio prolongado com a pessoa que possui a bactéria. É de suma importância salientar que assim que a pessoa começa o tratamento ela deixa de transmitir a doença. Os sintomas podem ser apresentados como nódulos, manchas dormentes na pele, esbranquiçadas ou avermelhadas, diminuição de força nas mãos e nos pés, formigamento ou dor nas mãos e antebraços, pernas e pés, nariz entupido, feridas e sangramento nasal, ressecamento dos olhos e queda dos pelos.  O presidente da Liga Acadêmica de Dermatologia da UFMA, Cezar da Silva Carneiro Júnior, ressalta que todos os postos de saúde oferecem tratamento gratuito e o tempo dele pode variar de seis meses a um ano, dependendo do caso.

Quando não tratada, a Hanseníase pode causar incapacidades ou deformidades.

COMO E QUEM ESTÁ SUJEITO A SE CONTAMINAR?

Todas as pessoas. Crianças, jovens, adultos, idosos: a Hanseníase não escolhe idade, classe social. Desde que haja um contato prolongado com o bacilo, a pessoa contrai a bactéria.

A contaminação se dá através de pacientes sem tratamento que eliminam os bacilos por secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro.

É importante ressaltar que o paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite.

PREVENÇÃO

A prevenção baseia-se no exame clínico precoce das lesões suspeitas e na aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.

TRATAMENTO – HANSENÍASE TEM CURA

Na atualidade, o tratamento se dá através da associação de alguns medicamentos (antibióticos). O tratamento pode ser feito nas redes públicas de saúde e é gratuito.

Muitos esforços são feitos pela Rede de saúde Pública, inclusive com campanhas na mídia – com o objetivo de realizar o diagnóstico precoce. No caso de pacientes com deformações, usa-se próteses e as incapacidades causadas pela hanseníase podem ter ajuda da fisioterapia.

O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença. Em caso de suspeita da doença, procure seu médico ou um Posto de Saúde.

Em caso de suspeita da doença, procure seu médico ou um Posto de Saúde.

O DIA MUNDIAL DA HANSENÍASE É FUNDAMENTAL PARA LEMBRAR QUE A DOENÇA TEM CURA. NÃO É MAIS NECESSÁRIO CONFINAR E TEMER OS PORTADORES. (Raimunda Gil Schaeken. Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas –ALCEAR).

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