As barreiras enfrentadas por crianças e adolescentes com deficiência no Amazonas, foram temas de uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
Proposta pelo líder do governo na Casa, deputado estadual Sidney Leite (PROS), o encontro reuniu instituições, associações, grupos de pais e secretarias do estado para discutir o assunto.
A deficiência nos atendimentos especializados, a política de inclusão nas escolas e a atuação da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped) foram as principais reivindicações apresentadas pelos participantes. Da audiência, dez propostas foram apresentadas por mães de crianças e jovens deficientes na expectativa de que o Governo do Amazonas, em curto prazo, possa cumpri-las, definindo um Plano de Ação entre as secretarias.
A militar Perla Machado é mãe de uma criança de setes anos com paralisia cerebral. Ela explicou que os grupos são formados, principalmente, por pais que se conheceram por meio das redes sociais e que lutam pela melhoria da qualidade de vida dos seus filhos. “Nós lutamos pelos direitos dos nossos filhos, entre eles o de frequentar a escola. Hoje meu filho está matriculado, mas está fora da sala de aula, porque a escola não tem estrutura. Estamos aqui para cobrar a Seped, porque se existe uma secretaria dessas é porque existem muitos casos no Amazonas”.
Os grupos defendem a existência de escolas especiais com contratação de mediadores, salas multimídias e acompanhamento terapêutico, além da presença de técnicos na área de saúde; A ampliação das competências e do recurso da Seped; a habilitação e reabilitação dessas pessoas com deficiência; o transporte acessível; o diagnóstico precoce; capacitação dos médicos, entre outros . “Com essa audiência de elevado nível sei que estamos levando isso ao conhecimento do governador, uma vez que estamos na presença do líder do governo na Assembleia. Assim, não terá como o governo dizer que não sabia a necessidade desses pais”, afirmou Perla.
Para o deputado Sidney Leite, a discussão é fundamental para fortalecer a luta dessas mulheres. “Conheci essa mães articulando a sustentação das suas lutas em favor não apenas das crianças, mas de todas as pessoas com deficiência. Não tenho dúvidas quanto à necessidade de discutirmos junto à sociedade essas necessidades, afim de que possamos consolidar uma política de inclusão no nosso estado”, comentou.
Como resultado da audiência, as associações e grupos ligados ao movimento, com o apoio da Comissão de Educação, Cultura e Assuntos Indígenas da Aleam, irão montar uma agenda de articulação com propósito de ouvir as secretarias do governo quanto à viabilidade das propostas em pautas. O próximo encontro será realizado no dia 2 de julho, onde serão oficializados os encaminhamentos aprovados.
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