Dois militares venezuelanos desertam pelo Brasil

Dois sargentos entraram em Pacaraima (RR) na noite de sábado - Foto: Divulgação

Dois militares da Guarda Nacional Bolivariana desertaram pela fronteira da Venezuela com o Brasil. São dois sargentos, que chegaram na noite de sábado e estão alojados no abrigo para refugiados de Pacaraima, disse o coronel do Exército brasileiro Georges Feres Kanaan neste domingo (24).


O dois sargentos são os primeiros militares venezuelanos a desertar do regime de Nicolás Maduro pela fronteira brasileira. No sábado, mais de 60 abandonaram o próprio país pela fronteira com a Colômbia.

“Estamos aqui no posto de triagem da Operação Acolhida e ontem à noite dois militares da guarda nacional venezuelana se apresentaram como refugiados”, disse Kanaan, que é coordenador-adjunto da Operação Acolhida, voltada a receber os venezuelanos que deixam o país vizinho em direção ao Brasil.

Segundo Kaan, os dois militares estavam uniformizados e entraram no Brasil a pé, por um local não identificado, e pediram refúgio. “Nossa preocupação foi o acolhimento, para eles sentirem que estão sendo acolhidos. O tratamento dado a eles é como para qualquer outro solicitante de refúgio”, disse.

Dois sargentos entraram em Pacaraima (RR) na noite de sábado – Foto: Divulgação

Manhã tranquila após tarde de confrontos

A Venezuela fechou a fronteira com o Brasil na noite de quinta-feira (21), por ordem do presidente Nicolás Maduro, para evitar a entrada de ajuda humanitária. Os dois primeiros caminhões com alimentos e remédios chegaram até Pacaraima no sábado, mas não puderam entrar na Venezuela e foram recolhidos.

Após a retirada dos caminhões, venezuelanos que estavam do lado brasileiro atacaram uma base venezuelana no território do país vizinho.

Os militares venezuelanos reagiram e segundo o coronel Jacaúna, comandante da Operação Acolhida, lançaram bomba de gás e dispararam com arma de fogo, inclusive contra o território brasileiro.

Na manhã deste domingo, a situação é tranquila na região da fronteira, que permanece fechada. Algumas pessoas circulam pelo local, e os militares venezuelanos fazem uma barreira a cerca de 800 metros da linha que divide os dois países, como vêm fazendo desde sexta-feira.

Fonte: G1

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