É crescente a preocupação com a degradação do meio ambiente

Ricardo Porto de Carvalho, Diretor da Bioambiental da Amazônia.
 Ricardo Porto de Carvalho, Diretor da Bioambiental da Amazônia.

Ricardo Porto de Carvalho, Diretor da Bioambiental da Amazônia.

É crescente, nos últimos anos, a preocupação com questões ambientais em todo o mundo, decorrentes principalmente pela degradação do meio ambiente e de práticas não sustentáveis do uso de recursos naturais.


Preocupados em contribuir para a diminuição dos impactos causados por poluentes, instituições públicas, ong’s, empresas particulares e até mesmo uma parcela da população buscam inserir ações de preservação ambiental.

Como é o caso do empresário, Ricardo Porto de Carvalho, diretor da empresa Bioambiental da Amazônia, que motivado pela falta de um tratamento de esgoto adequado nas residências elaborou o projeto ‘Estações de Tratamento de Esgoto Social’ em conjunto com o engenheiro civil, Marcione Barbosa Pereira.

Carvalho explicou ao Portal CIÊNCIAemPAUTA como o projeto pode ser executado, os custos, resultados e o público a quem se destina, acompanhe a entrevista.

CIÊNCIAemPAUTA: Em que consiste o projeto ‘Estação de Tratamento de Esgoto Social’?

Ricardo Porto Carvalho: Trata-se de uma estação de tratamento de esgoto residencial que aproveita produtos recicláveis, como é o caso da garrafa PET e do pneu picado, uma vez que a vida útil desses produtos é praticamente ilimitada. Por meio dessa estação é possível oferecer um tratamento de esgoto em condições adequadas de saneamento por meio da reciclagem dos materiais. O projeto também contribui para a geração de emprego e renda na própria comunidade, já que os comunitários irão trabalhar no processo de reciclagem para a construção das estações no quintal de suas residências, podendo transformar sua fossa em um jardim. Adaptamos o uso da PET e dos pneus ao sistema Wetland, muito usado na Europa e que é de domínio público. Ele existe há 100 aos e foi idealizado pelos ingleses.

CIÊNCIAemPAUTA: Qual o objetivo desse projeto?

RPC: O objetivo principal do projeto é contribuir para a despoluição e descontaminação de recursos hídricos, visando um baixo custo para atendermos a maioria da população de baixa renda do País. Ele também está focado na educação ambiental, na construção de uma cultura de reciclagem de materiais e na formação de lideranças comunitárias para a conservação dos recursos hídricos da região.

CIÊNCIAemPAUTA: O que o motivou a elaborar o projeto ‘Estação de Tratamento de Esgoto Social’?

RPC: Pela preocupação que todos nós temos que ter com a preservação do ambiente em que vivemos. Saneamento básico trás melhor qualidade de vida a população e diminui os gastos públicos com a saúde por evitar a proliferação de doenças. Assim, sobra mais dinheiro para o poder público e pessoas investirem em educação e transportes, por exemplo.

CIÊNCIAemPAUTA: Qual seria o impacto para o meio ambiente e quais os benefícios para a sociedade?

RPC: Para o meio ambiente seria deixarmos de lançar nos corpos hídricos milhões de litros de esgoto puro. Já para a sociedade em geral, os benefícios são muitos, principalmente na parte da saúde com a diminuição dos gastos públicos e pessoais para está área. Para termos uma ideia, uma pesquisa da Organização das Organizações Unidas (ONU) diz que a água poluída mata mais que a violência urbana.

CIÊNCIAemPAUTA: Como será o processo de implantação e funcionamento da Estação?

RPC: Inicialmente implantamos um tanque de 500 litros para fazer a retenção dos dejetos sólidos. Posteriormente, estes sólidos passam para uma célula de acumulação de lodo, seguindo por um tratamento com substratos de fios de PET. Após esse processo, o efluente segue para o segundo tanque de 500 litros, para a fase aeróbia, onde é feita a aeração por plantas, que pode ser o Biri, Mungaba ou Bananeira. A parte interior do tanque é composta de substrato de pneus picados e na parte superior de seixo, seguidos por um tanque de coloração de 60 litros. Informações mais detalhadas do projeto podem ser acessadas a qualquer momento no site http://www.bioambiental-am.com.br/responsabilidade-social, inclusive com opção de download. Também temos nossa página Bioambiental da Amazônia no facebook, onde compartilhamos informações sobre este e outros projetos da empresa.

CIÊNCIAemPAUTA: Quanto a população pagaria para ter uma estação de tratamento como esta em sua casa?

RPC: Uma estação de tratamento tradicional custa de R$ 14.000,00 a 16.000,00 mil reais. O valor da estação de tratamento de esgoto social será de R$ 2.500. Um dos componentes na redução dos custos é justamente o fator mão-de-obra, pois propomos, através de assessoria, treinamento para as famílias, capacitando-as de modo a compreenderem as etapas de montagem da Estação até a sua total instalação. Isso possibilita a execução de instalação de várias estações ao mesmo tempo, otimizando tempo e reduzindo custos.
CIÊNCIAemPAUTA, por Mirinéia Nascimento

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