Em Juruá, moradores se preocupam com chegada de balsas

Foto: Reprodução

A chegada de balsas de garimpo em Juruá (a 672 quilômetros de Manaus) tem preocupado os moradores. Com as embarcações, a população teme que a região seja alvo de atividades ilegais.


Duas das balsas que estão no município fica navegando pelo rio Andirá, dentro dos limites da Reserva Extrativista (Resex) do Baixo Juruá. Anteriormente, outra balsa já andava pela área.

Os próprios moradores interceptaram a balsa e pediram que os garimpeiros fossem embora. Agora, não esse sabe o paradeiro da embarcação.

Os moradores temem que os garimpeiros revirem as águas em busca de metais preciosos. A atividade é ilegal. Membros das organizações locais pediram providências junto à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal.

Por conta de sua rica biodiversidade, o Juruá entrou em 2018 na lista de Sítio Ramsar, áreas úmidas estratégicas que devem ser preservadas e que recebem apoio técnico e financeiro, segundo a Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, assinada na cidade iraniana de Ramsar em 1971, ratificada pelo Brasil em 1993.

Segundo levantamento do Fórum Território Médio Juruá, existem pelo menos sete processos minerários abertos na Agência Nacional de Mineração com incidência na região, todos em busca de ouro. Para os extrativistas do Médio Juruá, a Amazônia está repleta de exemplos de que o garimpo não oferece segurança às populações locais, traz impactos negativos ao meio ambiente e profundas ameaças ao modo de vida.

Artigo anteriorCPI da roubalheira no Ministerio da Educação corre risco de ser enterrada
Próximo artigoChuvas em Alagoas deixam mais de 56 mil desabrigados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui