Em um mundo que não desliga nunca… por Maria Ritah

Ultramaratonista Maria Ritah - foto: divulgação

Você quer ignorar, mais não pode – é uma desgraça! Há pilhas de coisas para arrumar, daí você olha para o celular, entra nos grupos, fica por dentro da última fofoca, covid19, política economia, mas nada realmente parece preencher o dia, em casa.


Daí você vai para Lives do Instagram, desejando ouvir algo que te desperte.

Começam os cliques! Você vai ver a live do espiritualista, da influencer digital, da saúde, do terapeuta de curar a si mesmo, de como ganhar dinheiro sem sair de casa, do padre, do pastor, cozinha e etc. Depois de visitar os instagramers todos, você se sente tão cansado que começa a funcionar no automático.

Visita a geladeira, o sofá, sala, a janela, conta os livros, fica na rede, lava a louça, limpa o chão, liga a TV, desliga a TV, fala sozinho e dorme. Lá se foi mais um dia.

Maria Ritah – foto: divulgação

Eu não sei vocês, mas sempre me pergunto o que realmente estou fazendo, porque, amigos, eu me disperso.

Começo uma coisa, e depois já estou em outra, assim do nada. E olha, esse problema aumentou muito neste período. Às vezes me irrito por eu não terminar uma tarefa e querer fazer mil coisas ao mesmo tempo.

Eu sei, vivemos num mundo que nunca desliga e o nosso cérebro é um emaranhado complexo de conexões.

Cientistas que estudam o cérebro dizem que temos consciência de 2 mil bits de informação em 400 bilhões de bits de informação que processamos por segundo e, é o cérebro que controla praticamente tudo o que eu e você fazemos, mas, olha só, não podemos fazer tudo ao mesmo tempo. Como diz o proverbio chinês: a conversa não cozinha arroz.

Por que não somos mágicos?

*Maria Ritah é ultramaratonista e cronista

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