Equipe médica do Hemoam homenagea motorista de aplicativo

Foto: Bruno Zanardo/Secom

A Equipe médica da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) homenageou na tarde desta terça-feira (01/06), o motorista de aplicativo José Nóbrega. A reverência se deve ao gesto altruísta do homem depois que ele recusou o pagamento de uma corrida destinada a deixar o pequeno Davi, de seis anos, no Hemoam para realizar o tratamento contra a leucemia.


“A atitude nobre desse senhor é louvável, ainda mais num momento de crise que estamos passando. A solidariedade faz toda a diferença”, disse o diretor-clínico do Hemoam, Nelson Fraiji.

Foto: Bruno Zanardo/Secom

A equipe que atende e trata os pacientes de leucemia, e outras doenças do sangue, fez questão de dedicar uns minutos para aplaudir José e agradecê-lo pessoalmente pela generosidade. No final da homenagem, José ganhou alguns presentes dos profissionais.

José foi localizado pela assessoria de comunicação do Hemoam depois que a mãe do Davi, Sâmia Barroso, compartilhou o acontecimento nas redes sociais repercutindo, inclusive, em perfis de alcance nacional.

“Meu filho tinha uma consulta no Hemoam e pedi um Uber e, por incrível que pareça, estava dando tanta coisa errada para mim. A corrida era R$23,07, pode até parecer pouco, mas para quem precisa ir quase todos os dias fazer procedimento do tratamento, faz falta”, relatou Sâmya no perfil do Instagram “Razões Para acreditar”. Ela disse que não se queixou de nada para o motorista, mas José indagou se o pequeno Davi estava doente, já que estava sendo levado para o Hemoam.

Foto: Bruno Zanardo/Secom

“A única coisa que respondi é que meu filho havia sido diagnosticado com leucemia. Ele respondeu ‘poxa’ e ficamos calados até o fim da viagem. Quando chegou na hora do pagamento o motorista disse que não era necessário pagar, que eu precisava daquele dinheiro mais do que ele. Na hora eu fiquei emocionada e insisti pra que ele aceitasse, mas ele não quis”, contou a mãe de Davi.

A publicação está com mais de 2.300 comentários, todos falando do sentimento de comoção e esperança despertado pelo motorista.

O diagnóstico de leucemia para o pequeno Davi aconteceu em abril. O menino está na fase de das primeiras sessões de quimioterapia. Para a médica pediatra que acompanha o menino, Ana Paula Veloso, esse é o momento mais difícil para a família do paciente. “Nesse início é sempre muito impactante e o acolhimento da família faz toda a diferença, mesmo que o ato seja de uma pessoa estranha”, disse a médica.

Foto: Bruno Zanardo/Secom

A mãe de Davi relembra que a atitude de José melhorou o dia dela. “Minha família tinha acabado de perder nosso meio de transporte, uma Kombi que pegou fogo. Minha filha mais velha tinha acabado de ser diagnosticada com dengue. Eu estava muito triste nesse dia e Deus veio dizer, por meio desse homem, pra eu não perder as esperanças”, contou emocionada.

José Nóbrega não esperava tamanha surpresa e agradeceu ao dizer que agiu somente com o coração. “Eu não conseguiria fazer de outra forma. Eu vi no olhar daquela mãe a tristeza e o quanto ela necessitava”, disse.

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