A 8ª Copa Bom de Bola começa no próximo sábado (09), com a participação de seis mil jogadores que fazem parte do projeto “Bom de Bola”, realizado sob a coordenação da Secretaria de Estado de Juventude, Desporto e Lazer (Sejel), para incentivar a prática do futebol, com a abertura festiva no Estádio Carlos Zamith, no bairro Coroado, nazona leste de Manaus, com jogos todos sendo realizados nos fins de semana, até dezembro.
Os jogos acontecerão de 10 de agosto a 6 de dezembro, divididos em cinco categorias: Sub-12, Sub-14, Sub-16, Sub-18 e Feminino. Serão 90 partidas por categoria, totalizando 450 jogos em toda a competição, segundo informações do coordenador geral do “Bom de Bola”, James Furtado.
A Copa reunirá as seleções de cada núcleo do projeto espalhado pelo Estado, que atende crianças e adolescentes, de 12 aos 18 anos. Ao todo, o “Bom de Bola” atende atualmente 14 mil crianças e jovens com aulas de futebol. A ação, de acordo com Furtado, visa promover a inclusão social dos jovens através do esporte, colaborando para afasta-los da ociosidade.
Programa ampliado – Em junho, a Sejel ampliou o número de núcleos do programa de 50 para 60, sendo 40 na capital e os outros 20 no interior do Amazonas. “Na capital temos 40 bairros atendidos, o que totaliza oito mil alunos. Em mais 21 municípios, temos outros seis mil alunos”, detalhou Furtado.
Além de meninos, o programa também tem atraído a atenção das meninas. Segundo o coordenador do “Bom de Bola”, já existem 50 times de futebol feminino. Até o fim do ano, a estimativa é atender aproximadamente 2 mil meninas.
De acordo com Furtado, além de tirar os jovens das ruas e afastá-los da marginalidade, o projeto também revela novos talentos para o futebol amazonense. “Toda criança sonha em ser um jogador de futebol, toda criança sonha em ser o novo Neymar ou Messi. O “Bom de Bola” além de incentivar nossos jovens no esporte sendo uma vitrine para os clubes amazonenses, também quer ensinar valores e formar grandes cidadãos”, afirmou.
Exemplo de superação – O “Bom de Bola” permite que crianças e adolescentes que moram do bairro da União, por exemplo, tenham acesso à atividade física. O adolescente Thiago Barbosa (15) é um exemplo de superação do time que treina no campo da comunidade.
Sem uma das pernas Thiago usa as mãos para jogar futebol em uma adaptação feita para que ele possa participar das partidas. Sem alívio na marcação dos outros garotos de sua idade Thiago cruza a bola na área, dá passe e ainda quando pode faz gol de bicicleta. Fã de Neymar e Messi, Thiago prova que não há limitações para a prática do esporte. “Eu acho legal aqui, gosto de jogar bola com meus colegas. Quero ser jogador de futebol”, afirmou.
Tanta dedicação rende elogios do treinador Orlando Souza, que há 10 anos participa do projeto “Bom de Bola”. “O Thiago é uma benção que nós temos aqui, um grande exemplo. Ele nos mostra todos dos dias que para o esporte não há barreira nenhuma, basta a força de vontade “, ressaltou.
Além da escolinha de futebol, as mães das crianças participam do projeto em uma ação de que alia a promoção de atividade física e inclusão social. “Esse projeto veio na hora certa para o bairro da União já que ele tira esses jovens da ociosidade. Até as mães deles nos procuram parta participar das atividades. Temos uma professora de educação física que dá todo suporte para as atividades”, afirmou Souza.
