EUA, Brasil e Colômbia preparam última ofensiva para derrubar Maduro

Mobilização convocada pelo governo bolivariano - Foto:AVN

Multidão foi às ruas da Venezuela rejeitar o golpe
Caminhões de comida e remédio foram transformados, literalmente, em palanque, para Juan Guaidó, fantoche dos Estados Unidos, autoproclamado “presidente interino da Venezuela, pregar a deposição de Maduro.


O governo Donald Trump –apoiado pelos presidentes do Paraguai, Colômbia, Chile e do Brasil– desencadeou ontem sábado (23) uma pretensa ofensiva final para tentar derrubar o presidente eleito da Venezuela, Nicolas Maduro. Com ampla cobertura midiática internacional, montou-se uma farsa de ajuda humanitária nas fronteiras da Venezuela com a Colômbia e, também, com o Brasil.

Em Cúcuta, cidade colombiana fronteiriça à Venezuela, foi lido um comunicado conjunto assinado por Guiadó e pelos presidentes do Paraguai, Colômbia e do Chile. Tal comunicado, sentencia que se “ajuda humanitária” não chegar aos venezuelanos, Maduro estará cometendo crime de “lesa-humanidade”. Trata-se, portanto, de um lance a mais do movimento intervencionista, à margem do direito internacional, que a qualquer preço, visa derrubar um governo originário das urnas, da vontade do povo venezuelano.

É escancaradamente claro o uso da tática do espetáculo midiático com vistas a promover uma comoção internacional e, sobretudo, no seio do povo venezuelano, com fins golpistas. Tática já utilizada em várias partes do mundo e, inclusive, no Brasil, para desestabilizar e por abaixo governos legítimos.

O Presidente Maduro enfatizou a importância de fazer cumprir a Constituição – Foto:@PresidencialVen

É uma piada de mau gosto afirmar que Donald Trump pretende derrubar Maduro pela motivação de restaurar a democracia em Caracas. A Venezuela é alvo da presente agressão pela riqueza que possui. É detentora da maior reserva de petróleo bruto do mundo. Os Estados Unidos querem se apossar dessa riqueza por intermédio de um governo fantoche.

Além da ganância, o que move o governo Trump é liquidar o que resta de governos patrióticos e populares na América do Sul, além repelir a crescente influência da China na América Latina. E no caso da Venezuela, da própria Rússia.

Em suma, está em curso uma ofensiva para que a América do Sul volte a ser um “quintal dos Estados Unidos”.

Apesar da grande pressão ocorrida neste 23 de fevereiro, o governo Maduro conseguiu conter e contornar a ofensiva do imperialismo. Teve capacidade de defender suas fronteiras e realizou uma manifestação em Caracas quando fez contundente discurso de rechaço contra o golpismo e de defesa da soberania de seu país. Rompeu relações diplomáticas com a Colômbia posto que o presidente Ivan Duque Márquez atua abertamente em apoio a Guaidó. Num claro gesto, para tentar evitar o isolamento, disse que se o Brasil e a União Europeia quiserem ajudar a Venezuela, seu governo estaria pronto para comprar remédios e alimentos.

Não haverá guerra na pátria de Bolívar e Chávez, a paz triunfará aqui ” – Foto: AVN

Houve feridos e mortes nas cercanias da fronteira do Brasil com a Venezuela. Foi um grande erro do governo Bolsonaro se curvar à Casa Branca e entrar oficialmente nesta ação de intervenção contra um país soberano, sob a capa de ajuda humanitária.

Ao menos não havia nenhum representante do Brasil no circo montado em Cúcuta.

O governo de Donald Trump não cessará a ofensiva contra a Venezuela. As provocações, as ameaças, a marcha intervencionista seguirá.

As forças democráticas, patrióticas e populares devem reforçar a importante campanha que já começou em defesa da paz na Venezuela e contra a guerra de Trump. Por uma solução negociada, pacifica que respeite a soberania venezuelana.

De igual é preciso reforçar as pressões contra o governo Bolsonaro para que o Brasil se retire dessa aventura guerreira que nada tem haver com a tradição da diplomacia brasileira. E como disse o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, se o Brasil apoia essa agressão à Venezuela, amanhã a vítima poderá ser o nosso país.

Fonte: Ceilandiaemalerta.com.br

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