Ex-foragido da Polícia publica acusações falsas sobre eleições no Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas

O falso boletim, o foragido e o prédio do Sindmetal - foto: recorte

No início desta semana, os integrantes de sindicatos e da Central Única dos Trabalhadores do Amazonas (CUT-AM), foram surpreendidos com uma denúncia, no mínimo suspeita, tanto pelo seu conteúdo, quanto pela idoneidade do denunciante.


Com uma publicação em um suposto “Boletim Informativo destinado aos trabalhadores do Distrito Industrial – Disque Denúncia (92) 99228-6572″, o ex-foragido da justiça, José Renato Ferreira de Matos, de 23 anos, diz que o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal) teve suas eleições fraudadas e que estaria “sob investigação, após graves denúncias de fraude”.

Bolitim Fake, criado com o fim de bater no Sindicato dos Metalúrgicos – foto/recorte

Como comprovação, Renato apresentou alguns boletins de urnas. Para o presidente da entidade sindical, Valdemir Santana, “ele não provou absolutamente nada com o material supostamente conseguido por meios escusos e também não tem idoneidade para julgar nenhuma entidade”.

Renato foi colocado como foragido da polícia em 2021, pelos crimes de peculato, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, com sua fotografia sendo divulgada pela Polícia Civil do Estado. O objetivo era fazer com que a população pudesse ligar para o ‘Disk Denúncia 181’, e dizer o seu paradeiro. Posteriormente ele conseguiu se livrar do processo.

Renato encontra-se foragido da polícia – foto: recorte/divulgação

De acordo com Valdemir Santana, que também é presidente da CUT-AM e do Diretório Municipal Manaus do Partido dos Trabalhadores, a exposição negativa do Sindicato junto aos trabalhadores onde a entidade mantém a sua maior Base, certamente tem interesses políticos e econômicos embutidos.

Esquema para destituir a presidência

Para os diretores do Sindicato, na condição de pessoa não idônea e de implicado na Lei, possivelmente, Renato estaria recebendo material para tentar denegrir o processo eleitoral no Sindicato dos Metalúrgicos, enfraquecer o presidente Valdemir Santana e toda a diretoria sindical e, depois, entrar com ação de destituição e anulação das eleições para que a Justiça do Trabalho autorize uma junta governativa.

O esquema é velho. Já aconteceu em vários sindicatos do Amazonas desde 2008, até membros da Justiça do Trabalho desconsiderarem as’ tomadas de poder através de liminar’, no meio sindical.

Número de telefone fornecido pelo próprio foragido – foto: recorte

Sindmetal distribui nota

Nota do Sindicato informa que anteriormente, José renato Ferreira de Matos, havia ingressado com ação pedido a quantia de R$ 139,655,10, como reclamatória trabalhista. (veja texto abaixo):

“Em 01/11/2023, o Sr. JOSE RENATO FERREIRA DE MATOS ingressou com ação contra o SIND DOS TRAB NAS IND MET MEC E DE MAT ELET DE MANAUS, processo 0001221-75.2023.5.11.0003, pleiteando a quantia de R$139.655,10 (cento e triste e nove mil, seiscentos e cinquenta e cinco reais e dez centavos.

Os pedidos que compuseram a reclamatória trabalhista, tratava-se de acúmulo de função, onde dizia que além de ser auxiliar administrativo e laborar no setor de homologação, também era porteiro do Sindicato; Pediu também adicional noturno e sobreaviso, alegando que deveria estar sempre de prontidão e ir até o sindicato na madrugada, caso houvesse algum sinistro, mesmo o Sindicato mantendo contrato com empresa especializada em segurança; Alegou ainda não haver recebido suas verbas rescisórias e pediu dano moral em decorrência dos fatos narrados na petição inicial.

Sem sucesso 

O Sr. JOSÉ RENATO FERREIRA DE MATOS, perdeu em todas as instâncias judiciais, seus pedidos foram totalmente improcedentes e ainda foi condenado a pagar honorários a advogada do Sindicato, no importe de 10% sobre o valor da pleiteado na inicial, devendo ser atualizado até a data do efetivo pagamento a patrona do Reclamado”.

Mais implicações à vista

Diante dos fatos, acredita-se ainda, que Renato deva estar querendo vingar-se porque não obteve êxito na sua tentativa de estorsão. E, mais uma vez, segundo o departamento jurídico do Sindicato, o implicado em muitos casos ilícitos, vai amargar mais um processo, acrescido de danos ao sindicato e aos diretores, individualmente.

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