
Alguém tem que vetar os R$ 5,7 Bilhões propostos para ajustar o ‘Fundo Eleitoral-2022’, que é uma excrecência, uma crueldade, mais uma indecência do quadro político brasileiro.
O volume de recursos públicos para bancar as campanhas saltou de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. O “golpe do fundão”, aprovado a toque de caixa, ocorreu na última sessão do Congresso antes do recesso parlamentar.
Essa soma astronômica, bem que poderia ser usada para aumentar o valor do Auxilio Emergencial e do Bolsa Família.
Alguém, há de me perguntar, o fundão deixa de existir? Não, continua existindo, mas com o valor que era repassado anteriormente aos partidos políticos e, já está bom demais.
A área econômica do governo tem uma saída para justificar a medida, ou seja, deve dizer que nesse momento de grave crise econômica no Brasil, de pandemia, do coronavírus e a trágica falta de vacinas para a população, o melhor, é usar esse recurso para acabar com a fome de milhares de famílias.
O governo, no caso, deve usar o recurso para pagar o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família, até porque, precisa aquecer a combalida economia brasileira.
E, duvido que os políticos vão gritar contra está medida. Será que os futuros candidatos à reeleição e de primeiro mandato em 2022 -, senadores e deputados -, vão contra uma medida que vai beneficiar milhares de famílias brasileiras, os seus eleitores?
Só assim, os R$ 5,7 Bilhões, o dinheiro que os deputados e senadores querem para o Fundo Eleitoral/2022 poderá ajudar quem realmente precisa.

Paulo Onofre é assessor parlamentar e programador Cultural