
Um homem, de 33 anos, foi preso nesta quarta-feira (4) por exercer ilegalmente a atividade de dentista e prestar serviços de regulagem de aparelhos ortodônticos, em Boa Vista. Ele atuava em uma sala no Centro da capital e usava até alicate de obra nos atendimentos.
O falso dentista, identificado como José Luis Aguirre Machado, foi preso em flagrante pela Polícia Civil. Ele foi localizado no local onde atendia os pacientes. O suspeito, que é venezuelano, foi ouvido na delegacia e liberado para responder o crime liberdade.
Além dos equipamentos de uso restrito de dentistas, a Civil disse que o suspeito usava nos atendimentos alicates para unhas, tesouras comuns e até um equipamento chamado turquesa, geralmente usado em obras, inadequado aos protocolos ortodônticos.
A denúncia de exercício ilegal da profissão foi feita pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO). O Conselho também solicitou apoio da polícia fazer inspeção no local.
“Durante os trabalhos, foi constatado que não havia condições sanitárias na sala de atendimento, colocando em risco a saúde dos usuários”, afirmou a Polícia Civil.
Foram apreendidos acessórios como ligas e fios de aparelhos de uso odontológicos, que estavam acondicionados em uma embalagem de plástico, além de medicamentos para esse fim.

De acordo com a Polícia Civil, a cadeira usada para o atendimento odontológico era inapropriada para o atendimento.
O suspeito foi levado ao 1º Distrito Policial, onde confessou que está em Roraima há dois meses e disse que alugou o espaço para fazer os atendimentos.
“Contou que não é formado em odontologia, mas que realizou um curso de apenas um mês na Venezuela, e há cerca de seis anos trabalhava nesta área naquele país”.
Para a polícia suspeito disse ainda que nunca fez extração de dentes, mas que trabalhava com limpeza e regulagem de aparelhos ortodônticos e troca de acessórios. Ele cobrava o valor de R$ 100 pelo serviço.
Na delegacia, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo exercício ilegal da profissão de dentista, médico ou farmacêutico. Ele foi liberado. A pena para este crime prevê detenção de seis meses a dois anos.
Fonte: G1