
O Ministério do Trabalho, criado em 1930, será extinto e terá suas funções incorporadas a um outro órgão no próximo ano. A informação foi confirmada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) na tarde de ontem, em Brasília. A decisão foi recebida com críticas por parte de entidades defensoras dos direitos trabalhistas.
O Ministério do Trabalho é um dos mais antigos do país, criado no governo de Getúlio Vargas. Naquela época, foi apelidado de “ministério da Revolução” e englobava as pastas da Indústria e Comércio. Recentemente, foi alvo de uma série de escândalos de corrupção e disputas partidárias especialmente pelo PTB.
A redução da máquina pública para o corte de gastos é uma promessa de campanha. Quando questionado sobre o tema Bolsonaro sempre reitera que a decisão é coordenada pelo futuro ministro da Economia Paulo Guedes.

Ministério Público
Em nota ao Destak, o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Ronaldo Fleury, criticou a ideia. “A gama de atividades do Ministério do Trabalho é muito grande. Nos preocupa muito, preocupa os trabalhadores, deve preocupar os empresários também, além do próprio governo. Então, espero que o presidente eleito reveja essa posição”, disse.
O procurador destacou o combate ao trabalho escravo e as demandas da área. “São mais de _R$ 75 bilhões gastos nos últimos cinco anos decorrentes de afastamentos em razão de acidentes de trabalho e adoecimentos do trabalho. Mais de R$ 350 bilhões de dias de trabalho perdidos”.
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) também se opôs. “A classe trabalhadora sempre esteve aberta ao diálogo, contribuindo para o melhor encaminhamento entre capital e trabalho. Por isso é preciso fortalecer a pasta e ampliar a atuação”, diz nota.
Fonte: Topbuzz