Na semana que passou, duas importantes datas chamaram atenção da sociedade para uma importante reflexão sobre a preservação de importantes recursos vitais para a continuidade da espécie humana em nosso planeta.
No dia 20 se comemorou o Dia Internacional das Florestas e no dia 22 o Dia Mundial da Água, dois dos mais importantes recursos que a natureza nos ofereceu, e por uma das mais belas engenharias do meio ambiente, ambos estão ligados intrinsicamente entre si e prestam os mais importantes serviços ambientais até hoje avaliados pela ciência.
Ainda assim, por mais paradoxal que seja esses dois importantes recursos passam por um impiedoso processo de danos, um por conta dos desmatamentos e outro pela escassez de agua potável para consumo humano.
A propósito da oferta de água no planeta, a ONU publicou no dia 20 de março, em Nova Delhi, na Índia, o Relatório das Nações Unidas sobre o desenvolvimento de água 2015 “água para um mundo sustentável onde afirma que o nosso planeta enfrentará até 2030 um déficit de água da ordem de 40%, caso não tenhamos uma melhora significativa na gestão e uso desse recurso.
O presidente da ONU-Água e secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial Michel Jarraud disse, “Existe um consenso internacional de que água e saneamento são essenciais para que muitos dos Objetivos do Milênio sejam atingidos. Eles estão indissoluvelmente ligados a questões como mudanças climáticas, agricultura, segurança alimentar, saúde, energia, equidade, questões de gênero e educação”.
Em relação a pressão exercida na floresta amazônica, é possível observar que a espiral crescente do desmatamento não dá sinais de regredir, pelo contrário, período após período de comparações a área desmatada aumenta a cada avaliação desde 2013. No último dia 20 de março, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia_IMAZON publicou relatório indicando que o corte raso cresceu mais de 200% na parte brasileira da Floresta Amazônica entre os meses de agosto de 2014 a fevereiro de 2015 (1.702 Km2) quando comparado com o mesmo período de 2013 a 2014 (540 Km2).
Outro importante bioma brasileiro, a Mata Atlântica dá sinais que caminha rumo a extinção em mais algumas dezenas de anos, da sua cobertura original, quando da descoberta do Brasil em 1500, restam apenas 9% da antiga grande floresta que se estendia por todo o litoral brasileiro desde o Rio Grande até onde hoje se localiza o estado do Ceará.
Fomos eficientes em exterminar mais de 90% da Mata Atlântica e estamos caminhando a passos largos para repetir o mesmo desempenho negativo em relação a Floresta Amazônica, pois que isso possa parecer sem nenhum sentido pratico de benefícios para a sociedade, mas tão somente usamos a desculpa que ao progresso e desenvolvimento, tudo é permitido, até as mais absurdas decisões em prejuízo do meio ambiente, que mais lá na frente irá nos cobrar essa fatura com chuvas intensas, secas extremas ou calor excessivo no inverno e tempestades tropicais no verão.
A ciência não cansa de mostrar como a pressão humana sobre a água e sobre a floresta afetará todas as formas de vida no planeta e caberá a nós, decidirmos como queremos moldar o mundo atual e que tipo de planeta deixaremos para nossas futuras gerações.(George Dantas – Ambientalista)
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