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Licitações de serviços para o enfrentamento da Covid-19 entre abril de 2020 e abril de 2021 foram alvo de 77 operações da Polícia Federal nos Estados.
Compras de insumos e licitações de serviços para o enfrentamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, tornaram-se alvo de uma série de operações da Polícia Federal que apuram corrupção, falha na entrega das contratações e irregularidades em preços.
Desde a primeira investigação policial, em 23 de abril de 2020, já foram realizadas 77 operações, em 20 unidades da Federação.
Ao todo, a corporação apura possíveis irregularidades que podem envolver R$ 2,27 bilhões dos cofres públicos, destinados ao controle da pandemia.
Os dados fazem parte de um balanço da Polícia Federal, obtido pelo Metrópoles, que considera o período de abril de 2020 a abril deste ano.
Em média, a Polícia Federal deflagrou seis operações por mês. As investigações envolvem a compra de respiradores, o superfaturamento de preços, a construção de hospitais de campanha, e os insumos comprados com dinheiro público que não foram entregues.
Neste período, 12 pessoas foram presas preventivamente. Outras 140 tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. Ao todo, policiais federais cumpriram 1.207 mandados de busca e apreensão.
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Entre os estados que foram alvos de operações da PF, estão: Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia.
A mais recente operação do tipo ocorreu em 20 de abril. A Polícia Federal cumpriu mandados de prisão contra cinco pessoas e 38 ordens de busca e apreensão em uma missão chamada de Operação Contágio.
As suspeitas são de que os municípios de Hortolândia, no interior paulista, e Embu das Artes e Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, tenham contratado uma organização social (OS) sem capacidade técnica para prestação de serviços na área da saúde.
Os agentes federais apuram o desvio de recursos públicos a partir de informações fornecidas pela Controladoria-Geral da União (CGU). Os contratos sob investigação têm o valor total de mais de R$ 100 milhões.