Governo Federal e Roraima criam grupo de trabalho para crise Yanomami

Foto: Recorte

Em reunião entre ministros do governo federal com o governador de Roraima, Antônio Denárium, foi criado um grupo de trabalho para estabelecer ações de curto, médio e longo prazo para enfrentar a crise humanitária dos povos indígenas Yanomami, nesta quinta-feira (2).


A Defensoria Pública do Amazonas também pediu ajuda para atender os povo da etnia que sofrem com insegurança, fome e doenças no estado.

Os ministros Rui Costa, da Casa Civil, Alexandre Padilha, de Relações Institucionais e o governador de Roraima participaram da reunião.

Denárium foi criticado por lideranças indígenas pela falta de ações.

Durante o encontro, ficou definida a criação de um grupo de trabalho para atender as demandas de saúde, segurança e desenvolvimento do estado. Haverá participação dos governos federal, estadual e municipais.

Os Yanomami têm enfrentado uma crise humanitária que foi acentuada com a ação ilegal do garimpo em terras indígenas.

As Terras Yanomami ocupam uma área de 9,6 milhões de hectares que passam pelos estados de Roraima, Amazonas e chegam a Venezuela.

Nesta semana, a Funai restringiu o acesso de profissionais de saúde na terra Yanomami, em Roraima.
A mudança visa “resguardo e respeito aos povos indígenas durante o enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional”, segundo a Fundação.

Agora, o acesso será definido pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública.

Os servidores públicos em missão à região terão que apresentar esquema vacinal completo, incluindo a vacina contra a Covid-19, atestado de avaliação médica que comprove a não existência de doença infectocontagiosa e teste contra a vírus realizado 24 horas antes.

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas alertou que denuncia desde 2021 a situação precária dos povos Yanomami no estado.

Não houve respostas nem ações pelos entes públicos.

Foi solicitada a inclusão dos indígenas no Atendimento Emergencial de Saúde por conta do aumento de casos de subntrição, malária e doenças evitáveis.

Há registos da falta de insumos básicos na rede pública de saúde, como vitamina D. Ainda não há resposta sobre o pedido da Defensoria.

As comunidades de São Gabriel da Cachoeiras, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos são as mais atingidas.

Dados do Hospital de Guarnição de São Gabriel da Cachoeira mostram que 85 das 395 internações de crianças até 5 anos eram da etnia Yanomami.

A Associação Xoromawé Indígena também denunciou a situação de precariedade no Amazonas.

Fonte: CNN Brasil

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