
Toda semana, a diretoria do Flamengo se reúne com o técnico Vanderlei Luxemburgo para avaliar o planejamento. No entanto, o encontro desta noite, segunda-feira, pode servir para definir de vez a contratação do atacante Paolo Guerrero, hoje, no Corinthians, e até anunciá-lo como novo reforço para a disputa da sequência do Campeonato Brasileiro .
A reunião contará com o técnico e os principais dirigentes do Flamengo: o presidente Eduardo Bandeira de Melo, o CEO Fred Luz, o vice-presidente de futebol Alexandre Wrobel, o executivo Rodrigo Caetano e o vice de finanças Rodrigo Tostes.
O Flamengo avançou na negociação com Guerrero depois que o Corinthians praticamente anunciou a desistência. Primeiramente os dirigentes rubro-negros ouviram valores muito altos: R$ 18 milhões de luvas mais R$ 500 mil por mês de salário. Então direção montou uma contraproposta de R$ 12 milhões, sendo R$ 2 milhões à vista e o restante diluído nos 30 meses de contrato.
Para alcançar a “entrada”, a direção conseguiu um empréstimo com um grupo de conselheiros (três emprestaram R$ 500 mil, e um grupo de 20 apaixonados se cotizaram para levantar mais R$ 500 mil, totalizando os R$ 2 milhões desejados para oferecer ao jogador). A última oferta feita pelo Corinthians, pelo então presidente Mário Gobbi, foi de US$ 5 milhões à vista em luvas e o teto salarial do clube (R$ 500 mil) para um contrato de três temporadas, mas os representantes do atleta recusaram. Outros clubes apareceram em busca do jogador, mas sempre esbarram na alta pedida das luvas.
Atualmente, o Flamengo está na zona de rebaixamento do Brasileiro, mesma situação que o técnico Luxemburgo encontrou no ano passado. Por isso ele deixou claro recentemente que precisa de, pelo menos, dois jogadores-chave para conseguir resultados. Assim, a diretoria está abrindo o o cofre.
Existem alas no clube que querem a demissão de Luxemburgo como forma de solução para os problemas, mas Bandeira de Mello não gosta da ideia. Uma demissão agora geraria um desgaste dentro da política rubro-negra. Com eleição marcada para o fim do ano, a saída para agradar os opositores seria vista como um golpe no comando da situação e uma vitória do grupo de oposição.(Terra)