Haiti é único país das Américas sem vacinas contra a covid-19

Foto: Divulgação

Desde o início da pandemia de  covid-19, o epicentro das infecções mudou de lugar algumas vezes. Desde o segundo semestre do último ano, a América Latina é a região com o maior número de casos. A região também é a que tem as menores taxas de vacinação.


O Haiti, país que sofre com crise política, econômica e social, tem dificuldades em imunizar a população e controlar a doença. A ilha caribenha registrou mais de 19 mil casos e 462 mortes, com 11 registradas nas últimas 24 horas. Esses números, no entanto, são questionados por autoridades locais e mundiais por conta da subnotificação.

Neste ano, o Haiti enfrenta uma escalada de casos de covid-19 depois da chegada da variante Alfa, que surgiu no Reino Unido, e a Gama, que foi identificada inicialmente aqui no Brasil. Além disso, o país é o único das Américas a não ter uma campanha de vacinação em andamento.

Segundo um comunicado do Ministério de Saúde em junho, o Haiti receberá cerca de 130 mil doses da vacina de Oxford neste mês, por meio do Covax. Para acelerar a imunização da população, o país autorizou o setor farmacêutico privado a importar os imunizantes, medida inédita no mundo.

A maioria dos cidadãos do Haiti não tem acesso ao sistema de saúde, que é falho, e só uma pequena maioria de cidadãos ricos terão acesso às vacinas compradas pelo setor privado.

A covid na América Latina

A América Latina e o Caribe representam apenas 8% da população mundial, mas respondem por quase um terço das mortes por covid-19 desde que o escritório da OMS na China reportou o aparecimento da doença em dezembro de 2019. Ainda assim, a região soma mais de um quinto das infecções globais.

Para a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, a situação no continente é “preocupante”. Apenas uma em cada dez pessoas na América Latina e no Caribe foi totalmente vacinada contra a covid-19.

“Atualmente, poucos lugares estão se beneficiando do potencial de proteção total das vacinas, pois existe uma grande lacuna de acesso em nossa região”, afirma Carissa Etienne. “Isso é inaceitável, e o surgimento de variantes torna ainda mais urgente acelerar o fornecimento para os locais com maior transmissão”, completa.

Fonte: R7

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