O ajudante de pedreiro Wilson Conceição da Silva, de 23 anos, foi apresentado na manhã desta quarta-feira (15) na sede da Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros (DEHS), acusado de matar a concunhada no dia 27 de maio deste ano, em uma área verde, na Avenida do Turismo, bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus. A catadora de latinha Rosiane Pereira da Costa, de 26 anos, foi decapitada, tendo o corpo enterrado no terreno de uma fábrica e a cabeça jogada em um igarapé.
De acordo com o titular da DEHS, delegado Ivo Martins, Wilson confessou a autoria do crime, após a vítima ameaçá-lo revelar um suposto caso amoroso entre os dois. O corpo da mulher foi achado por um vigilante da fábrica e identificado pelo marido, irmão da esposa do acusado. A vítima mesmo sem a cabeça foi reconhecida pelos restos das roupas.
“Conforme o depoimento de Wilson, no dia do crime, ele e a vítima teriam tido um desentendimento. A mulher teria o ameaçado em contar à esposa dele sobre o caso extraconjugal dos dois. Diante disso, Wilson foi até a casa da vítima e disse que tinha uma pessoa querendo falar com ela. Durante o trajeto ao local, Wilson deu um golpe de terçado no pescoço de Rosiane. Em seguida, ele arrancou a cabeça e jogou no rio sem piedade ou remorso algum pelo crime”, explicou o delegado Ivo Martins.
A prisão
Conforme Ivo Martins, a polícia chegou ao suspeito por meio das informações do marido de Rosiane, pois, suspeitava que Wilson tivesse envolvimento no desaparecimento da esposa. Diante disso, a equipe de investigadores foi levada até a casa de Wilson, na Rua Praia Forte, no bairro Tarumã. Ao ser questionado pelo sumiço de Rosiane, o ajudante de pedreiro acabou confessando o crime.
“Wilson afirmou que a mulher estava atrapalhando a sua relação com a esposa. Como a vítima tinha muitos amantes, ele foi até a casa de Rosiane e disse que um mototaxista queria conversar com ela e a levou até o local onde foi morta”, disse Martins.
Wilson declarou que a esposa suspeitava que ele tivesse caso com a concunhada, mas sempre que era questionado negava o relacionamento.
Wilson foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver e encaminhado à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro da capital amazonense, onde permanecerá à disposição da Justiça.