Muito se tem falado em cuidar do Planeta Terra, das autoridades são exigidas ações mais eficazes em relação à sustentabilidade das ações públicas que possam impactar positivamente o meio ambiente.
Todavia, ainda há um grande déficit de atendimento das necessidades básicas do cidadão, especialmente no campo do fornecimento de água, infraestrutura de saneamento básico e acesso a coleta de lixo, responsabilidades que estão sobre os ombros dos prefeitos.
Em Manaus, apenas 22% da população tem acesso a esgotamento sanitário e a expectativa da concessionária é chegar a 90% apenas em 2030, até lá, uma grande parcela das pessoas dessas comunidades que não tem acesso a essa prestação de serviço público estarão expostos às doenças ligadas a falta de saneamento, como hepatite, esquistossomose, ascaridíase, amebíase, dengue, cólera, febre tifoide, infecções na pele e olhos e a mais perigosa de todas, a leptospirose.
Uma pesquisa do Instituto Trata Brasil divulgada em 2012, classificou Manaus como uma das piores cidades no atendimento do quesito saneamento básico, nessa pesquisa cerca de 188 mil pessoas não tinham acesso as redes de abastecimento de água e coleta de esgoto.
É certo que Manaus avançou em muitas áreas, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido na oferta de serviços básicos a população, porém, na outra mão, a população também precisa fazer a sua parte, especialmente no trato da questão do lixo urbano onde resíduos sólidos domiciliares são descartados nem nenhum cuidado impactando de forma negativa o meio ambiente.
Dos nossos igarapés que cortam a cidade de Manaus são retiradas mais de 30 toneladas de lixo diariamente, esse número é o reflexo da falta da universalização do acesso a coleta e ao mesmo também, demonstra que a população não faz a sua parte na hora do descarte do resíduo, imaginando que o lixo descartado nos igarapés serão levados para outros pontos sem impactar a sua própria comunidade.
Nossos igarapés não suportam receber tamanha carga de lixo urbano que hoje são descartados, seja por negligencia do poder público ou pela ignorância da população.
A educação ambiental integrada nas escolas é chave para a mudança, despertando a consciência ambiental nos jovens e crianças, que certamente levarão o conhecimento para suas famílias, ao mesmo tempo, ações educativas nas principais vias onde o lixo é descartado fariam à diferença numa ação integrada de conscientização e cabe ao poder público garantir o acesso diário a coleta do lixo.(George Dantas)
