Inoperância da Associação dos Municípios fortalece a nova representação municipal no AM

Na opinião dos prefeito, a sede da AAM é imponente, mas obsoleta - foto: recuperada/arquivo

Prefeitos de vários municípios do Amazonas tem reclamado da falta de objetividade da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), dirigida pelo prefeito de Manaquiri, Jair Souto, que foi reconduzido à presidência em meio a uma escolha polêmica e eleição sem a participação da maioria absoluta dos prefeitos.


Jair Souto foi reconduzido ao cargo após a assembleia realizada no dia 11 de dezembro de 2020, justificada por vacância do cargo, depois que o prefeito de Maués, Junior Leite, renunciou ao cargo para concorrer à reeleição em seu município, na época. Mas ficou no ar, e no sentimento geral, a sensação de golpe.

Pelo método da escolha, essa Mesa Diretora é ilegítima, diz prefeitos – foto: recorte

Golpe da AAM

Ou seja, a eleição não contou com a participação dos 61 prefeitos municipais e Manaus, conforme constava no estatuto anterior da AAM. Depois de se empossar, Jair Souto, mudou o estatuto da instituição, invertendo, inclusive, a forma de votação onde até ex-prefeitos tem direito a voto. “É uma estranha forma de se perpetuar no poder”, observa o prefeito de Novo Airão, Roberto Frederico Paes Júnior (PSC).

Na ocasião, Jair justificou que, apesar de não ter havido uma eleição direta, sua condução ao cargo cumpriu todos os trâmites legais previstos pelo estatuto da Associação, com a convocação publicada em jornal periódico e com a aprovação da maioria dos prefeitos presentes na assembleia. Só que a justificativa não convenceu a maioria dos prefeitos do Amazonas, que não estavam presente no ato da escolha.

Nova Instituição

Depois que Jair Souto tomou posse, o esvaziamento da instituição se fez mais forte, ficou obsoleta, levando à ideia de criação de uma Federação e ou, uma Instituição. Prevaleceu a segunda opção. O motivo seria a insatisfação por parte dos gestores com o atual responsável pela entidade.

Prefeito de Novo Airão, Frederico Júnior é o presidente do novo Instituto de Desenvolvimento Social e Ambiental dos Municípios do Amazonas’ – Foto: Reprodução

Em maio deste ano, prefeitos do Amazonas se reuniram para criar o ‘Instituto de Desenvolvimento Social e Ambiental dos Municípios do Amazonas – IDSAMA, com adesão imediata de 42 municípios do Estado e, tendo como presidente, o prefeito de Novo Airão, Frederico Júnior e Anderson Sousa (PP), de Rio Preto da Eva, o Vice.

O Instituto de Desenvolvimento Social e Ambiental dos Municípios do Amazonas’ está sendo mais transparente para os municípios do Amazonas – foto: Erlan Roberto

Prefeito

Não precisamos de um presidente unicamente para informar quando está disponível as verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e nem para informar as resoluções tiradas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), explica Anderson Sousa, um dos prefeitos da Região Metropolitana de Manaus, diante do esvaziamento da AAM.

O instituto terá função ampla, necessária para defender os interesses dos prefeitos e o fortalecimento dos municípios em âmbito estadual, federal. Hoje (11), prefeitos filiados ao IDSAMA estarão reunidos.

Salvando a AAM

Ocorre que: ainda há tempo de salvar a Associação Amazonense dos Municípios. Para o prefeito Anderson Sousa, se ocorrer uma nova eleição, democrática, com ampla divulgação, com a participação de todos os prefeitos do Estado, eles vão recuar da decisão da criação do Instituto.

No entanto, se o prefeito Jair Souto insistir em se manter no cargo, autoritariamente, o Instituto será fundado em definitivo. “De imediato, a AAM terá 42 prefeitos desfiliados. Eles migrarão para o IDSAMA, que terá força e metas claras, democráticas”, conclui Anderson Sousa.

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