Inteligência alemã espionou ministro francês e empresas

Ministro alemão Laurent Fabius/Foto: Getty Images

O Serviço Federal de Informação da Alemanha (BND) espionou o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, além de empresas europeias e americanas e várias organizações internacionais, segundo informações publicadas nesta terça-feira por meios de comunicação germânicos.
Estas informações, reveladas pela emissora rbb, não foram confirmadas nem desmentidas pelo governo, que garantiu que esclarecerá “completamente” o assunto e informará à comissão de segredos oficiais do Bundestag (câmara baixa).


A vice-porta-voz da chancelaria, Christiane Wirtz, declarou em entrevista coletiva que pediu esclarecimentos aos serviços secretos, cujas funções, lembrou, “não está a espionagem política sobre países aliados”.

Segundo as informações da “rbb”, o BND, responsável pela espionagem exterior, teve também como alvo o diplomata alemão Hansjörg Haver, que liderou uma missão de observação europeia na Geórgia, trabalhou em Bruxelas no planejamento do serviço exterior comunitário e é agora o representante da União europeia (UE) na Turquia.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Martin Schäfer, explicou que os diplomatas alemães assumem que seu trabalho pode resultar interessante para os serviços de espionagem estrangeiros, mas reconheceu que nunca esperam ser alvo do BND.

No ponto de mira da inteligência alemã, segundo as informações divulgadas hoje, se encontraram também o Tribunal Internacional de Haia, o Unicef, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o FBI e companhias tanto europeias como americanas, entre elas a empresa de armamento Lockheed.

Todos estes alvos se encontram no relatório de 900 páginas que o BND entregou ao Bundestag com números de telefone, e-mails e endereços IP, os denominados seletores, utilizados pelos serviços de inteligência alemães pelo menos até outubro de 2013.

O relatório foi remitido à comissão encarregada de esclarecer a espionagem em grande escala dos EUA a cidadãos e países aliados, que investiga agora se os próprios serviços secretos germânicos espionaram seus sócios da UE, assim como alvos americanos.(Terra/EFE)

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