

O juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), Affimar Cabo Verde Filho, pediu vistas do processo que diploma Raimundo Magalhães como prefeito de Coari, em decisão anunciada hoje (06), durante reunião ordinária do Pleno.
O magistrado justificou seu pedido de vista alegando que o erro ocorreu antes da própria eleição, em 2012. De acordo com Filho, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) não poderia ter proclamado os votos do terceiro colocado, Arnaldo Mitoso, já que o candidato estava inelegível dias antes do pleito.
Para o deputado estadual Luiz Castro (PPS), o novo adiamento só mantém a situação de ‘calamidade e medo’ dos moradores de Coari. De acordo com o parlamentar, o pedido de vistas resulta em um ‘ato permanente de injustiça’.
“A instabilidade no município permanece devido a alternância de poder. Coari já conheceu quatro prefeitos. O único preparado é Raimundo Magalhães, que é Ficha Limpa. Qualquer decisão contrária somente beneficia a máfia de Adail Pinheiro”, assinalou Luiz Castro.
Outros votos
O juiz Ricardo Sales disse não ver dificuldades em diplomar Magalhães. “Mesmo que haja uma outra eleição, nada impede que o segundo colocado assuma a Prefeitura, até o final do outro trâmite processual”, afirmou, ao ler sua justificativa.
O magistrado lembrou ainda que o prefeito atual é o presidente da Câmara, parlamentar que só pode ser gestor municipal por um prazo máximo de 15 dias, tempo já ultrapassado.
Já o juiz Delcio Luiz chegou a dizer que ‘não se importa se Iranilson, João ou Zezinho’ seja gestor de Coari. A fala revoltou manifestantes do município que estavam à frente do TRE. Com cartazes e cara limpa, eles pediam o cumprimento da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dando posse a Raimundo Magalhães.