
Os deputados de oposição foram surpreendidos hoje pela manhã, com a convocação para uma sessão extraordinária em que deve ser votado o Projeto de Leis Susbstitutivo 007/2014, mais conhecido como a Lei das Terras.
De acordo com o relato de deputados de oposição, a determinação do governador José de Anchieta (PSDB), que se licencia hoje do cargo hoje, é votar o projeto do jeito que foi encaminhado pelo Executivo para a Assembleia Legislativa.
Os deputados Brito Bezerra (PP) – foto acima – e Flamarion Portela (PTC) disseram a este blogueiro ter tomado conhecimento de que o relator do projeto, deputado Ionilson Sampaio (PSB), será destituído da função.
Outro relator será nomeado – possivelmente o deputado Marcelo Cabral – para facilitar a aprovação da Lei de Terras da forma como quer o governador.
“Isso é uma vergonha. É inaceitável. Trata-se de uma manobra para validar os atos do Iteraima antes da saída do governador, logo mais às 17h”, disse o deputado Brito Bezerra.
Brito mobilizou representantes do setor produtivo para ir à assembleia, com o objetivo de fazer pressão para que o projeto não seja votado na sua forma original.
Flamarion Portela também disse ter conhecimento da manobra para mudar o relator.
“Essa informação nos chegou essa manhã, quando estávamos em reunião na OAB, exatamente discutindo o assunto. Isso é um absurdo”, afirmou.
A Secretaria Legislativa da Assembleia informou a este blogueiro que, de fato, foi convocada uma sessão extraordinária para votar a Lei de Terras. Lá, não souberam informar se o relator da matéria será mesmo substituído.
A sessão deveria ter começado às 9h, mas até por volta das 11h10 ainda não havia começado. Os deputados começavam a chegar para a reunião.
Os deputados de situação estiveram reunidos a portas fechadas com o governador por várias horas, esta manhã, discutindo o assunto.