Macron e Le Pen vencem “sistema” e vão ao 2º turno na França

Marine Le Pen comemora resultado/Foto: Reuters

Repleto de reviravoltas, o acirrado primeiro turno das eleições presidenciais na França, terminou da maneira que era mais esperada: com o liberal Emmanuel Macron, de 39 anos, e a ultranacionalista Marine Le Pen, de 48, na frente.
Com 84% das urnas apuradas, já se sabe que os candidatos do movimento de centro Em Marcha! (23,35%) e da ultranacionalista Frente Nacional (22,47%) disputarão o segundo turno da corrida pelo Palácio do Eliseu, em 7 de maio, para saber quem comandará a maior potência militar da Europa e uma das maiores economias do planeta.


Marine Le Pen comemora resultado/Foto: Reuters

O resultado da votação também marca uma derrota contundente do establishment político, que pela primeira vez na história da Quinta República, fundada em 1958, não terá um de seus dois principais partidos no segundo turno.

Desde o fim de fevereiro, quando o conservador François Fillon (Os Republicanos) passou a cair nas pesquisas, praticamente todos os levantamentos apontavam uma disputa entre Macron e Le Pen, apesar do crescimento do esquerdista Jean-Luc Mélenchon na reta final.

“Gostaria de dizer que, nesta noite, nós mudamos a cara da política francesa. Levarei adiante a exigência de otimismo e esperança que queremos para nosso país e para a Europa”, declarou Macron em seu “quartel-general”, em Paris.

Com 84% das urnas apuradas, já se sabe que os candidatos do movimento de centro Em Marcha! (23,35%) e da ultranacionalista Frente Nacional (22,47%) disputarão o segundo turno da corrida pelo Palácio do Eliseu, em 7 de maio, para saber quem comandará a maior potência militar da Europa e uma das maiores economias do planeta.

O resultado da votação também marca uma derrota contundente do establishment político, que pela primeira vez na história da Quinta República, fundada em 1958, não terá um de seus dois principais partidos no segundo turno.

Desde o fim de fevereiro, quando o conservador François Fillon (Os Republicanos) passou a cair nas pesquisas, praticamente todos os levantamentos apontavam uma disputa entre Macron e Le Pen, apesar do crescimento do esquerdista Jean-Luc Mélenchon na reta final.

“Gostaria de dizer que, nesta noite, nós mudamos a cara da política francesa. Levarei adiante a exigência de otimismo e esperança que queremos para nosso país e para a Europa”, declarou Macron em seu “quartel-general”, em Paris.

Há três anos, ele era um desconhecido assessor do presidente François Hollande, que o alçou ao Ministério das Finanças em outubro de 2014. No comando da economia da França, Macron patrocinou uma lei para flexibilizar a legislação trabalhista no país, que acabou aprovada no ano passado, mas bastante esvaziada em relação ao texto original e após muitos protestos.

Em outubro, deixou o cargo de ministro para se concentrar no movimento Em Marcha!, que leva as iniciais de seu nome e fora criado em abril de 2016. Mas sua candidatura decolou apenas em janeiro de 2017, em uma ascensão que lembra os surgimentos de Tony Blair, no Reino Unido, e Matteo Renzi, na Itália.

Com um discurso carismático e repleto de citações filosóficas, o ex-ministro soube escapar dos extremismos e conquistar votos tanto à esquerda quanto à direita. Europeísta, liberal e ex-banqueiro, ele promete agir para reforçar a União Europeia e reduzir a intervenção do Estado na economia.(Terra/ANSA)

Artigo anteriorDenílson volta a cobrar Belo em público: ‘Aprende a pagar o que deve’
Próximo artigoMercado financeiro estima que inflação fique em 4,04% até o fim do ano

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui