Mais de 3 toneladas de drogas foram apreendidas até a 1ª quinzena de junho

Foto: Divulgação

Manaus – De acordo com o Departamento, o entorpecente mais apreendido em operações na região é a maconha tipo skunk


No mês que compreende o Dia Internacional de Combate às Drogas (26 de junho), o Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), sob o comando da delegada-geral Emília Ferraz e coordenado pelo delegado Paulo Mavignier, diretor do departamento, divulga o balanço oriundo das operações efetuadas nos cinco primeiros meses de 2020, e que resultaram na apreensão de mais de 3 toneladas de entorpecentes.

“As ações do Denarc foram excelentes e com resultados importantes. Fizemos a apreensão de quase 3 toneladas em operações fluviais e urbanas, mas a maior parte das apreensões foi nas fluviais, pois 90% da droga que entra em Manaus passa pelos rios”, comenta o delegado Paulo Mavignier.

Ainda de acordo com a autoridade policial, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) afetou diretamente o tráfico na região. “Há um trabalho intenso das vigilâncias sanitárias municipais e, com o decreto estadual que proibiu o transporte de passageiros, houve uma problemática para o tráfico, que teve uma dificuldade de logística muito grande”, explica Mavignier.

No mês de janeiro, foram apreendidos 757 quilos de maconha tipo skunk e 44 quilos de cocaína; em fevereiro, foram 47 quilos de maconha; em março, 785 quilos de maconha e 56 quilos de cocaína; em abril, 982 quilos de maconha e 158 quilos de cocaína; em maio, foram 93 quilos de maconha; e, nos 15 primeiros dias de junho, foram 240 quilos de maconha, totalizando 3,162 toneladas.

Japurá (distante 744 quilômetros em linha reta da capital), Marãa (distante 634 quilômetros da capital) e Tefé (distante 523 quilômetros da capital) foram alvos de grandes apreensões nos últimos meses. “Isso mostra a musculatura do Denarc para atuar em todo o Amazonas. As principais rotas de entrada de drogas no estado são os rios Japurá, Içá e Solimões. Todos fazem fronteira com a Colômbia”, fala Mavignier.

Além das drogas, as ações de repressão ao tráfico resultaram nas prisões de 35 pessoas e indiciamento de outras 40, e na apreensão de 15 armas de fogo, 118 munições, granadas, oito veículos, uma embarcação e mais de R$ 8 mil, em espécie. “Boa parte dos entorpecentes tem como destino Manaus, mas quando se trata de cocaína, ela tem como destino o Sudeste, o Nordeste e a Europa”, detalha o delegado.

O delegado ressalta, também, a adesão do departamento ao Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (Vigia), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. “O programa, criado em janeiro de 2020, tem o objetivo de dar suporte logístico para operações desencadeadas, principalmente na zona de fronteira do Amazonas, que compreende Colômbia e Peru. Estamos colhendo bons frutos desde então”, diz ele.

*Apreensões –* O diretor do Denarc salienta também que o entorpecente mais apreendido na região é a maconha tipo skunk. “É uma supermaconha e tem valor elevado no mercado do Amazonas, quase 400% mais cara que a maconha paraguaia, que comumente é apreendida no Sudeste, além da cocaína e da pasta base”, pontuou o diretor do Denarc.

Para obter resultados positivos, o departamento conta com apoios importantes de órgãos como Receita Federal (RF), com o cão Odin, que alavancou os trabalhos do departamento; Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM); Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera); Departamento de Polícia do Interior (DPI); e Delegacia Fluvial (Deflu).

“Em quase quatro anos de existência, o Denarc apreendeu quase 25 toneladas de drogas e vem se especializando na interceptação de carregamentos, quebrando recordes que trouxeram resultados estratosféricos de apreensões”, destaca Paulo Mavignier.

Para concluir, o diretor do DRCO ressaltou que denúncias podem ser feitas por meio do número 181, o disque-denúncia da SSP-AM.

 

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