Menino acha fóssil de réptil de 8 milhões de anos no Acre

Foto: Arquivo pessoal/Raylanderson Frota

O pequeno Robson Cavalcante, de 11 anos, ficou surpreso ao encontrar um fóssil de um réptil pré-histórico enterrado às margens do Rio Acre, no município de Brasileia, no interior do Acre. Ao G1, ele conta que achou que se tratava de um dinossauro.


“Estava pescando com meu pai, aí pisei em alguma coisa diferente e chamei ele. Meu pai escavou um pouco e eu achei que era um dinossauro”, disse o menino.

Eles acharam o fóssil na quinta-feira (11) e um paleontólogo da Universidade Federal do Acre (Ufac) está no local, desde terça (16), para fazer a remoção.

O pai da criança, o carpinteiro José Militão, de 58 anos, lembra que no dia seguinte voltou ao local para escavar mais ainda e ficou impressionado. “Usei enxada e picareta e fui descobrindo que era um fóssil. Fiz com bastante cuidado para não danificar”, disse o carpinteiro.

Militão contou que sempre gostou de histórias sobre animais pré-históricos e costumava escavar locais próximos ao rio para tentar descobrir fósseis. Essa foi a primeira vez que ele encontrou.

“Eu sempre gostei e meu filho acabou também se interessando por esse assunto. Tanto que, quando encontramos ele disse ‘olha pai, nós achamos nosso dinossauro’. Ficamos muito felizes porque realizamos um sonho mesmo”, falou Militão.

Foto: Arquivo pessoal/Raylanderson Frota

Logo o assunto se espalhou pela cidade de Brasileia e o paleontólogo Jonas Filho ficou sabendo e foi para o local fazer o trabalho cauteloso de extração do osso sem quebrar.

Réptil de mais de 8 milhões de anos

Conforme o pesquisador, o fragmento encontrado é uma mandíbula que compõem o crânio de um Purussauro – um réptil pré-histórico – que viveu há mais de 8 milhões de anos nos rios e pântanos da floresta amazônica e que tinha mais de 12 metros de comprimento.

“É um jacaré Purussauro, um dos maiores que já existiram na Amazônia, mas isso há cerca de 8 milhões. É uma mandíbula completa, no caso, pode até se considerar um material inédito, porque às vezes você encontra, mas separada. Parece que além da mandíbula, tem um crânio que está sendo exposto. Então, isso tem relevância científica e museológica também, é um patrimônio público”, afirmou o paleontólogo.

Fonte: G1

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