O ministro Abraham Weintraub, da Educação, já estaria com os dias contados na equipe do presidente Jair Bolsonaro e sua queda pode ocorrer a qualquer momento.
Esse foi o recado passado por um interlocutor frequente de Bolsonaro a ministros da corte.
Magistrados acreditam, inclusive, que o ministro da Educação pode acabar sendo preso se continuar atacando as instituições, como tem insistido em fazer.
No domingo (14), Weintraub foi a uma manifestação de apoiadores de Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios, sem máscara, como exige um decreto baixado no Distrito Federal, ele gerou aglomerações e voltou a fazer afirmações polêmicas.
A sua queda vem sendo aventada há várias semanas e é defendida por ministros do governo e também por integrantes do “centrão”, o bloco parlamentar que está fazendo um acordo com Bolsonaro.
Eles davam como certo que o ministro seria demitido no mês passado. A divulgação da reunião ministerial e dos ataques dele ao STF teriam gerado um paradoxo: Bolsonaro recuou na demissão para não parecer que estava cedendo a pressões.
No começo do mês, diante da intensificação dos rumores de uma iminente demissão do ministro, os filhos do presidente Bolsonaro fizeram um intenso lobby, nas redes sociais, defendendo a permanência dele no cargo.
Qualquer decisão sobre o futuro do ministro deve passar por uma negociação com eles, que exercem influência grande sobre o pai e enxergam Weintraub como um aliado deles na ala ideológica do governo.
Por: Mônica Bergamo – Jornalista e colunista
no Política Livre