Ministro reúne defensores-gerais dos Estados para discutir crise no sistema prisional do Pais

Ministro Alexandre Moraes reunido com defensores públicos-gerais/Foto: Isaac Amorim

Em meio à crise após o massacre em unidades prisionais que deixou cerca de 100 mortos nos últimos dias, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, está reunido neste momento com defensores públicos-gerais dos estados e da União. Tópicos do Plano Nacional de Segurança Pública, anunciado pelo governo federal na semana passada, são pontos de pauta do encontro, como a redução do número de prisões provisórias e a adoção de penas alternativa para crimes menos graves.
Dez pessoas estão reunidas com Moraes, entre representantes das defensorias do Distrito Federal, do Amazonas, e de São Paulo. De acordo com a pasta, as discussões são um desdobramentos do plano. O objetivo do governo é encontrar soluções para a superlotação das penitenciárias em diversos estados brasileiros.


Há exatamente um mês, dias antes do assassinato de 56 presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), dois detentos denunciaram à Justiça do Amazonas um esquema de corrupção no presídio.

Ministro Alexandre Moraes reunido com defensores públicos-gerais/Foto: Isaac Amorim

Ontem o ministro da Justiça anunciou que o governo vai apoiar os estados que solicitaram ajuda federal, inclusive com o envio de equipamentos e agentes da Força Nacional. Outra medida solicitada pelos estados é a transferência de presos de alta periculosidade para penitenciárias federais.

Durante a reunião, ficou decidido que. numa integração entre o Ministério da Justiça e a Defensoria Pública, será criada uma força-tarefa para analisar a situação dos presos provisórios no estado do Amazonas, como forma de procurar reduzir a população carcerária naquele estado. A ideia é realizar emergencialmente essa ação no Amazonas, diante da situação após a chacina que ocorreu no Complexo Prisional Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, no dia 1 de janeiro.

Na sequência, a experiência deverá ser reproduzida de forma permanente em todo o país. A criação de uma força-tarefa com a Defensoria para buscar soluções para os presos provisórios é uma das propostas contidas no Plano Nacional de Segurança.

A estimativa é que, no Amazonas, mais da metade dos presos que estão nos presídios sejam provisórios. A força-tarefa irá identificar quais são os presos que cometeram crimes de menor gravidade (com exceção de crimes que envolvam porte ilegal de arma e corrupção) para que se proponham penas alternativas, diminuindo, assim, a população carcerária.

Conforme explicou o presidente do Conselho Nacional de Defensores Gerais, Ricardo Batista Souza, além dos defensores e do Ministério da Justiça e Cidadania, participarão também desse esforço o governo do Amazonas, o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Nesta quarta-feira (11), haverá em Manaus uma reunião com as autoridades locais para um primeiro diagnóstico da situação desses presos provisórios. Dessa reunião, participará também a equipe do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) enviada pelo Ministério da Justiça e Cidadania, a pedido do governo do Amazonas, para auxiliar na solução da questão penitenciária.(Agência Brasil)

Artigo anteriorJustiça alemã manda reforçar controle sobre estrangeiros considerados perigosos
Próximo artigoOnze municípios do interior do Amazonas renovam e consolidam suas leis em 2016

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui