MP-AM encontra remédios da rede pública em clínica clandestina de abortos

Foto: Divulgação

Uma clínica clandestina de um médico de 78 anos – suspeito de realizar abortos em Manaus e no Rio de Janeiro – foi interditada nesta quarta-feira (10), após a prisão do ginecologista e da esposa dele, de 39 anos. Segundo o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), foram apreendidos remédios da rede pública de saúde no local. Uma investigação será levantada para apurar a origem das medicações.


O G1 procurou a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e a Secretaria Estadual de Saúde (Susam), mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

O promotor Flávio Mota afirmou que os materiais apreendidos na clínica chamaram a atenção do MP.

“Era um clínica sem a menor condição de salubridade, medicamentos vendidos, alguns de propriedade de poder público, que não podem ser vendidos. É uma série de irregularidades. Iremos investigar para verificar o desvio desses medicamentos. Além disso, existem vários receituários médicos do SUS, sendo que ele já não é mais médico de lá”, enfatizou.

Foto: Divulgação

O MP-AM junto ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e à Polícia Civil deflagaram a Operação Nascituro com o objetivo de cumprir os dois mandados de prisão temporária contra o casal.

O promotor de Justiça relatou que o celular do médico foi apreendido e foi constatado que o atendimento ilegal era organizado por grupos de aplicativos de mensagens. Cerca de 200 mulheres entraram em contato com o suspeito para realizar o procedimento.

A esposa do médico intermediava as ações. Além disso, ele tinha uma cirurgia marcada para esta quinta-feira (11) e viajaria para o Rio de Janeiro. O suspeito cobrava em média de R$ 2.500 até R$ 5 mil pelas atividades.

Para o promotor, o suspeito alegou que a denúncia foi realizada por outro médico que é amigo da família de um ex-sócio falecido.

“Ele realmente fala que trabalhou com o médico no início dos anos 90, realizando abortos. Falou também que há um tempo ele não faz abortos, mas foi contraditório nesse ponto porque ao mesmo tempo ele realiza negociações com pacientes”, afirmou Mota.

Fonte: G1

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