
O Ministério Público Federal (MPF), de Rondônia, realizou 1ª Ação Cívica Cinta Larga, na terra indígena ROOSEVELT no Município de ESPIGAO DO OESTE/RO, tendo como tema, “levando cidadania aos Povos Cinta Larga”.
A Terra Indígena Roosevelt esta localizada cerca de 700 quilômetros de Porto Velho, no Assentamento Canaã, na localidade conhecida como “Base Bradesco”.
Durante ação social os indígenas da Comunidade Roosevelt, receberam atendimentos de cidadania promovidos por instituições públicas parceiras do MPF, como atendimento médico odontológico, palestras, assessoria jurídica e outras.
O Procurador Federal da República Reginaldo Pereira da Trindade, responsável pela defesa do Povo Cinta Larga, em Rondônia, destacou que; “será um momento impar para os povos indígenas, ao lado da prestação de serviços essenciais e romper de vez, com o total abandono dos indígenas por parte do Estado Brasileiro. Os índios sempre se consideraram e estiveram abandonados pelo Governo Brasileiro. Esse trabalho vem para inverter esse paradigma e quem sabe, iniciar um novo tempo para o tão sofrido povo tradicional.”
Destacou ainda “A primeira ação social Cinta Larga trouxe para a floresta os direitos de cidadão aos indígenas. Nós poderemos, dessa forma, mapear os problemas de saúde, fazer os documentos básicos de cada um dos indígenas, levar informação para a aldeia. Então, essa ação é muito importante, para, quem sabe, uma nova fase de dias melhores para os índios Cinta Larga”.
Durante a ação vários órgãos ficaram engajados como o Exército Brasileiro que ficou responsável pela logística de campo e também atendimento médico e odontológico “estamos ajudando com os caminhões do Exército no transporte das comunidades indígenas nas localidades aonde os ônibus não chegam. Trouxemos nossos médicos, dentistas para apoiar no atendimento e estamos também fazendo o alistamento militar” destacou o Tenente Charlisson Aguiar, oficial do Exercito.
Segundo a secretária adjunta de Assistência Social, Zilane Ribeiro “a estrutura para a prestação dos serviços foi montada em uma escola do Assentamento Canaã. A estimativa era atender pelo menos 500 indígenas durante os três dias do evento, com expedição de documentos, exames médicos e palestras educativas”.
O Cacique Nacoça Pio Cinta Larga destacou também; “Emitindo as documentações, os índios adquirem o direito aos outros benefícios sociais, por exemplo, ter acesso a crédito, à assistência técnica, capacitação, programas sociais. Tudo isso só com a emissão de documentos”. A ação social traz muitos benefícios para as aldeias Cinta Largas, mas, ainda falta muito para os povos indígenas terem acesso direto a alguns direitos assegurados, como acontece com os demais cidadãos. “A gente se sente abandonado, por causa da ausência da Fundação Nacional dos Índios (Funai), que não está mais dentro da terra indígena, e deixa a gente sem orientação”.(Fernando Alves)