Naufrágio em Cananéia/SP, mata filho e mulher de executivo da Microsoft

Barco Pérola Negra trafegava com turistas/Foto: Facebook

Um barco de passeio virou e naufragou, no fim da tarde deste sábado (24), causando a morte da mulher e do filho de um executivo da Microsoft Brasil, em Cananeia, no litoral de São Paulo. Elaine Cristina Verne Curtale, de 41 anos, e o filho Davi Curtale, de quatro anos, ficaram presos na cabine do barco e morreram afogados. Os outros turistas que estavam na embarcação foram resgatados com vida.
O barco Pérola Negra estava retornando de um passeio na Ilha do Cardoso, por volta das 17h, quando aconteceu o acidente. O piloto do barco contou à polícia que outras embarcações passavam próximo ao Pérola Negra e provocaram algumas marolas. Os turistas que estavam no barco ficaram assustados e se concentraram em apenas um lado da embarcação. Além disso, a ação do vento contra a maré contribuiu para que o piloto perdesse o controle da embarcação e o barco virasse.


Todos os passageiros caíram no mar. Outras embarcações que passavam pelo local no momento do acidente resgataram os turistas e o piloto. De acordo com a Polícia Militar, a bordo do Pérola Negra havia 20 passageiros das cidades de Campinas, Osasco, Carapicuíba e São Paulo, além do piloto. Elaine e o filho Davi ficaram desaparecidos após o acidente. O barco afundou na Baía do Trapandé, conhecida como canal de Cananeia, próximo a Ilha do Casca.

O Corpo de Bombeiros de Registro foi acionado para iniciar as buscas pela mulher e pela criança, mas só chegou cerca de duas horas após o acidente. Por volta das 22h, eles encerraram os trabalhos no local por falta de iluminação. Pilotos e funcionários da empresa Pérola Negra Turismo seguiram com as buscas pelo barco e pelas vítimas.

Eles jogaram redes de pesca na baía, mergulharam e encontraram a embarcação por volta da meia noite. O barco foi rebocado para um local mais seco e eles constataram que o corpo de Elaine e de Davi estavam dentro da cabine do Pérola Negra. As vítimas são mulher e filho de Sérgio Cutrale, executivo de vendas da Microsoft, em São Paulo.

Por volta das 2h, os corpos foram retirados e levados de barco para Cananeia. Em seguida, foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Registro. A embarcação continua próxima do local onde foi encontrada.

Naufrágio

De acordo com o filho do proprietário do Pérola Negra, Cesar Daniel Duarte, o barco tinha capacidade para 22 passageiros, além do piloto. Todas as três embarcações da empresa estão com o seguro e a documentação em dia. A empresa realiza passeios marítimos em Cananeia há 15 anos. Segundo ele, nunca aconteceu um acidente como este.

“Foi uma fatalidade. O barco não bateu em nada. Muita onda na parte da baía e, talvez, o movimento das pessoas dentro do barco, ocasionou o adornamento. Ele afundou de lado. A água conseguiu entrar toda no barco e ele foi para o fundo. A parte da baía é a pior porque sofre com o vento e a maré. O nosso piloteiro tem mais de 20 anos de experiência. Foi um movimento repentino que não deu para fazer nada”, fala ele.

Segundo ele, a embarcação possuía colete salva vidas para todos os passageiros, mas Duarte não soube dizer se todos estavam vestindo o equipamento. “A Marinha recomenda que o colete esteja a mão, não necessariamente esteja colocado. Quando está dentro do mar, de águas abrigadas, o colete tem que estar de fácil acesso. Como foi tão repentino, de repente, não deu tempo de colocar o colete”, disse.

Duarte afirma que todos da empresa Pérola Negra irão prestar apoio a família das vítimas. “Prestamos todas as condolências à família. Prestamos todo o apoio e a gente vai fazer o que precisar. Estamos bem tristes com o que aconteceu”, fala.

Capitania investiga

Em nota, a Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos de São Paulo, afirma que foi comunicada no dia 23 de Janeiro, às 19h50, do naufrágio da embarcação ‘Pérola Negra’, com 20 passageiros e um tripulante a bordo. De acordo com a Marinha, o acidente ocorreu por volta das 18h25 e, no momento do naufrágio, várias embarcações que estavam nas proximidades ajudaram no resgate dos passageiros, mas não conseguiram salvar a mulher e a criança.

Assim que tomou conhecimento do acidente, a Capitania se dirigiu ao local para colher dados preliminares e fazer a apuração necessária. Pelos dados obtidos inicialmente, não há indícios de poluição ambiental.

A Marinha diz ainda que as informações dos peritos instruirão a abertura de um inquérito administrativo que terá o prazo de conclusão de até 90 dias, prorrogáveis, se necessário, sobre as causas determinantes do acidente e responsabilidades.(G1)

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